Alunos da Escola do Sesi-RR participam de festival de robótica em São Paulo

Realizado pelo SESI entre 27 e 29 de maio, no Pavilhão da Bienal, evento combina competição com mostra de ciência e tecnologia e reúne 1.200 estudantes de todo Brasil. – Fotos: Ascom/Sesi-RR

O festival de robótica é um evento para quem gosta de ciência e tecnologia feitas por jovens criativos e inovadores. Duas esquipes da Escola do SESI Roraima, Estrela do Norte e Engenheiros em Ação estão participando dessa grande competição que acontece de sexta, 27, a domingo, 29, no Pavilhão da Bienal de São Paulo que recebe o 4º Festival SESI de Robótica.

Para conseguir a classificação, a equipe Engenheiros em Ação participou da etapa regional do Pará no mês de março e a Estrela do Norte garantiu sua classificação na etapa de Manaus realizada em abril. Esse evento é um dos mais importantes torneios de robótica educacional do país e retorna ao formato presencial após dois anos, com a participação de mais de 1.200 estudantes de 9 a 18 anos de Escolas públicas e privadas das 27 unidades da Federação.

O evento combina competição com oficinas e uma mostra de ciência e tecnologia, em que os alunos exibem seus robôs, réplicas em miniatura de carros de Fórmula 1 e invenções que solucionam problemas da vida real e são resultado de meses de trabalho em equipe. Os competidores dividem-se em três modalidades:

FIRST LEGO League Challenge (FLL): alunos de 9 a 16 anos formam equipes de 2 a 10 integrantes para construir robôs feitos de peças de LEGO, que devem cumprir uma série de atividades e somar o máximo de pontos em rounds de 2 minutos e meio. O time ainda é responsável por idealizar e criar um projeto de inovação, que é uma solução para um problema real dentro da temática da temporada, que, neste ano, é Logística e Transporte.

De FLL, são 100 equipes formadas por 635 estudantes (298 meninos e 337 meninas). Ao todo, os robôs disputam mais de 200 rounds.

FIRST Tech Challenge (FTC): nessa modalidade, competem estudantes do ensino médio, que constroem robôs maiores, de até 19kg, partir de um kit de peças reutilizáveis, tecnologia Android e uma variedade de níveis de programação baseada em CAD, Java e Blocks. Os competidores desenvolvem um caderno de engenharia para detalhar o funcionamento dos robôs, que devem cumprir atividades, como carregar blocos, em uma arena.

Serão 45 equipes, com 424 alunos (249 meninos e 175 meninas), que disputam cerca de 70 partidas de arena.

F1 in Schools: o projeto educacional da Fórmula 1 instiga os estudantes a montarem escuderias, com três a seis integrantes. As equipes constroem um carro em miniatura, réplica dos carros oficiais de corrida, que, impulsionados por um cilindro de CO2, podem chegar a 80 km/h em uma pista de 24 metros de comprimento.

Participam desta edição 41 equipes, com 233 integrantes (111 meninos e 122 meninas), cujos carros vão largar em mais de 50 corridas.

O tema desta temporada está relacionado a transporte e logística e desafia jovens a repensar um caminho a seguir, e descobrir pontes que vão conectar o futuro. Agora é só torcer e desejar boa sorte as equipes que estão representando o estado nesse festiva.

Robótica engaja e impacta desempenho em matemática e ciências

Com base na metodologia STEAM (sigla em inglês para Ciências, Tecnologia, Engenharia, Artes/Design e Matemática), a robótica é uma forma lúdica e prática de aprender disciplinas com grande rejeição e baixo desempenho dos estudantes. Para a maioria, é também o primeiro contato com programação, mecânica e design – competências cada vez mais exigidas no mercado de trabalho e que o estudante tem que desenvolver para montar e manipular o robô.

Na última edição do Programme for International Student Assessment (PISA) – mais importante ranking mundial de educação –, o Brasil manteve-se estagnado em leitura e caiu em matemática e ciências. O desempenho médio dos estudantes brasileiros encontra-se significativamente abaixo da média da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) em ciência (404 pontos, em comparação com uma média de 489 pontos), leitura (413 pontos, contra 487 pontos, em média) e matemática (384 pontos, contra uma pontuação média de 489).

São muitos os benefícios relatados por alunos, pais e docentes com a prática da robótica em sala de aula. Para mensurar o impacto no desempenho escolar, o SESI conduziu um estudo inédito, que comparou as notas em Matemática, Linguagens e Ciências Humanas e Sociais de competidores dos torneios SESI de Robótica da FLL de 2018 e 2019 – edições City Shaper e Into Orbit – com o de alunos que se inscreveram nas competições, mas não participaram.

A amostra é de cerca de 2.500 estudantes dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio de 24 estados, sendo 54% do sexo masculino e 46% do sexo feminino. Em Matemática, os competidores tiveram notas 5 pontos maiores do que aqueles que não competiram (83 versus 78), o que representa um ganho de 6,4% na nota.]

O impacto positivo se estende às outras áreas. Em Ciências Humanas e Sociais, os alunos que participaram do torneio tiraram 84,4, enquanto os não competidores, 80,4, ou seja, melhora de 5%. E, em Linguagens, as notas são 85,6 e 81,9 respectivamente – ganho de 4,5%.

 

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