Uma parceria do Governo de Roraima com a UFRR (Universidade Federal de Roraima) e a Cooperrsui (Cooperativa Roraimense de Suinocultores) promoveu uma aula prática nesta quinta-feira, 9, para estudantes do 2º ano da Eagro (Escola Agrotécnica), lidando com a criação de porcos.
Foram três turmas da Eagro da UFRR que trocaram experiências e conhecimentos com suinocultores no Parque de Exposições Dandãenzinho, espaço do Governo do Estado gerido pela Seadi (Secretaria de Agricultura, Desenvolvimento e Inovação). Eles aprenderam sobre o manejo dos animais, além das espécies, cadeia produtiva, melhoramento genético e nutrição.
Segundo dados da Aderr (Agência de Defesa Agropecuária), o rebanho suíno local em 2022 representou 96.431 cabeças. Já na projeção do Plano Roraima 2030, a meta é atingir 206.705 porcos.
“Neste intuito, os estudantes conheceram in loco parte da difusão dos projetos técnicos agropecuários do governo estadual também atrelados a educação, numa forma de valorizar o futuro dos novos profissionais, tendo eles que lidar com a prática, compreendendo os detalhes de uma baia e demais curiosidades sobre a criação de suínos em Roraima”, destacou o técnico da Seadi, Teylor Filgueiras.
Para a professora Alessandra Fortes, a suinocultura é uma temática fundamental na grade curricular da Eagro. “No curso, os alunos aprendem bastante teoria, mas nesta parceria importante com o governo, as turmas têm vivenciado novos conhecimentos, identificando linhagens, cruzamentos e percebendo também animais oriundos da Europa que estão sendo criados em Roraima”, explicou.
Segundo a estudante Monique Mika, de 17 anos, as aulas práticas ajudam a moldar o perfil profissional. “No curso, aprendemos a lidar não somente com os animais, mas também com as plantas. Sendo assim, os estudantes acabam se identificando com temas diferenciados, por isso eu considero a prática fundamental, sobretudo, para romper paradigmas”, reforçou.
Para o suinocultor Frank Júnior, as aulas práticas são um complemento necessário para a formação dos bons profissionais. “Os alunos colaboram suprindo com técnica as deficiências estruturais e também com a modernização tecnológica presente nas baias para buscar mais eficiência no trabalho com os animais. Com essa parceria, a Cooperrsui ainda agrega a participação de palestrantes nacionais e locais, assegurando a melhor fixação do aprendizado”, concluiu.
Michel Sales