Amajari: ex-diretor geral de campus do IFRR recebe honraria pela Câmara de Vereadores

O ex-diretor do Campus Amajari, Sterfson Barros, recebeu o título de Cidadão Benemérito Amajariense. – Fotos: Vanderlildo Silva/Câmara de Amajari

O ex-diretor do Campus Amajari do Instituto Federal de Roraima (IFRR-CAM), George Sterfson Barros, recebeu na última semana, em sessão solene, o título de Cidadão Benemérito Amajariense. O reconhecimento foi uma indicação do presidente da Câmara de Vereadores, Kleudison Wanderley, pelos mais de 10 anos à frente do campus, que fica na região noroeste de Roraima.

A entrega da honraria foi uma forma de reconhecer os relevantes serviços prestados à população da região quando Sterfson Barros esteve à frente do Campus Amajari, no período de 2009, que vai desde o processo de implantação da unidade até janeiro de 2021, quando deu lugar à segunda pessoa eleita pela comunidade acadêmica para a direção-geral.

O homenageado lembrou que o Campus Amajari foi o terceiro campi do IFRR a ser implantado, e quando foi designado para ser diretor-geral pro tempore, em 2009, foi acompanhado de servidores, uns de remoção e outros convocados em concurso público. Ele agradeceu a homenagem e o apoio recebidos dos servidores, de reitores, de pró-reitores e de diretores-gerais das unidades do IFRR para realizar esse trabalho.

“Quero agradecer a todos, de coração, e dizer que não existe nenhum trabalho individual, todo trabalho é coletivo. O trabalho de uma equipe que se dedicou, que precisou muitas vezes se capacitar, se doar fora do horário, lutar para que pudéssemos ter realizado esse trabalho em Amajari. Agradecer à Câmara Municipal, na pessoa do vereador Kleudison, Wanderley, e agradecer ao professor Edvaldo (Pereira), que confiou em mim para desenvolver esse trabalho lá, e ao professor Ademar (Araújo) e a professora Sandra Mara”, disse Barros.

O ex-diretor esteve à frente no ano de 2008, dos trabalhos de consulta à comunidade de Amajari para a expansão do antigo Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet), realizados por meio de três audiências públicas: na Escola Estadual Ovídio Dias de Souza, sede de Amajari, na Comunidade Indígena Três Corações e no Assentamento Trairão.

O Campus Amajari teve seu funcionamento autorizado, por meio da Portaria nº 1.366, de 6 de dezembro de 2010. As atividades pedagógicas iniciaram em caráter provisório nas dependências da Escola Estadual Ovídio Dias de Souza. Ainda em dezembro de 2010, foi ofertado o primeiro curso, o de Técnico em Agricultura, na modalidade subsequente ao Ensino Médio, com duas turmas. Os demais cursos foram, respectivamente, o Técnico em Agropecuária, o Técnico em Aquicultura e o Tecnólogo em Aquicultura (superior).

Desde as consultas públicas, em 2008, passando pelo funcionamento provisório das atividades pedagógicas na escola estadual, em 2010, Sterfson Barros viveu momentos históricos da unidade, como o lançamento da pedra fundamental, inauguração da sede própria, implantação de cursos e a verticalização do ensino, acolhimento de novos alunos e de novos servidores.

No cargo desde a implantação, foi o primeiro diretor-geral eleito para o quadriênio 2016-2020, no qual foi escolhido por 60% dos votos. Ao longo de mais de 10 anos, enfrentou o desafio de garantir a oferta de cursos regulares integrados ao ensino médio, voltados aos alunos que concluíram o ensino fundamental, bem como ajudou na implantação do primeiro curso superior que a unidade oferece, que é o de Tecnologia em Aquicultura.

O campus também se abriu para receber a cada novo ano letivo, estudantes venezuelanos. Garantiu a oferta de cursos na modalidade de alternância, ou seja, quando os alunos passam metade do mês na escola e a outra metade na comunidade onde residem aplicando os conhecimentos aprendidos em sala de aula. Com isso, conduziu a solenidade de formatura da primeira turma totalmente indígena formada por indígenas da Raposa-Serra do Sol.

A qualificação profissional, por meio de programas como Mulheres Mil e Pronatec, também foi levada a várias comunidades indígenas e localidades de municípios como Uiramutã, Normandia, Cantá, Bonfim, Boa Vista, Pacaraima, incluindo a modalidade de Educação a Distância.

Trabalhou 42 anos como servidor público federal em Roraima. Desse tempo, passou 31 anos na rede federal de ensino, tendo iniciado em janeiro de 1991 na então Escola Técnica de Roraima (ETRR), transformada em 1993 em Escola Técnica Federal de Roraima (ETFRR). Continuou no Cefet e depois no IFRR, quando se aposentou em janeiro de 2022.

Rebeca Lopes

 

 

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