Das seis modalidades ofertadas no Centro de Convivência da Juventude do Polo Pedra Pintada, que atende 250 crianças, o balé é a mais procurada. No total, são sete turmas que atendem crianças e adolescentes, de 4 a 16 anos, com aulas de segunda a sexta-feira.
As alunas do balé dormem e acordam pensando em se tornarem famosas. Eloá Mikaul de Carvalho tem dez anos e diz ser apaixonada pelo balé. “Escolhi essa dança porque é muito interessante e uma profissão muito bonita. Então, treino porque quero ser bailarina”.
Kaory Vitória fala suspirando e se imagina uma princesa rodopiando nos palcos. “O balé é uma profissão e uma dança bem legal para crianças, principalmente para as que estão na mesma faixa de idade que eu. Quero ser uma bailarina bem famosa, por isso também treino em casa. O professor é bem legal, muito educado e ensina bem”, conta Kaory.
Há muito tempo, a aluna Oriana Martinez pediu à mãe para fazer balé, mas as condições da família não permitiam. “Quando uma amida dela contou que aqui havia aula de balé gratuita, então minha mãe me matriculou. Aqui é bem pertinho da minha casa”.
Quem também é só sorrisos é a aluna Maria Helena Correia Fernandes, de 8 anos. “Eu quero ser bailarina para ter o corpo bem bonitinho. Eu já sei fazer abertura e o professor ensinou bastante coisa. Ele é muito bom. O fato de as aulas serem no bairro é ótimo porque eu moro na outra rua, bem pertinho”, comemora.
O professor Célio Magalhães Costa, que tem 22 anos de carreira, contou que em duas semanas de aulas já percebeu que as alunas são comprometidas com a arte do balé. “A troca de experiência tem sido muito legal. É visível nas crianças o sonho de aprender. Durante as aulas, elas ficam alegres e ansiosas”, afirma.
Nesse período, as meninas aprenderam o básico e um pouco da história do balé. “Com o tempo, vamos avançando. Tem sido maravilhoso esse primeiro contato, e é um prazer poder compartilhar o meu conhecimento com essas crianças, que têm o sonho de ser a princesa bailarina”, complementa Célio Costa.
O professor destacou ainda que o objetivo do balé não é apenas aprender a dançar com técnica, mas entender que o corpo fala. “Envolve a emoção, o psicológico, a sociabilidade e a empatia. É uma dança que pode ser feita sozinha, em dupla, trio e em grupo. Esse é o objetivo, socializar a linguagem através dos corpos”.
A coordenadora Suzana França disse que atualmente o Polo Pedra Pintada tem 250 crianças inscritas. “Elas estão distribuídas no balé, capoeira, caratê, futebol de campo e society, e na zumba. Esta última é uma atividade voltada para toda a família. O projeto atende à demanda da comunidade do bairro”.
Os interessados em praticar as modalidades ofertadas devem procurar a sede do polo, localizada na Avenida Diamante, 1.227, munidos dos documentos pessoais.
Marilena Freitas