Em nova etapa do projeto Bem-Te-Vi, 154 alunos de duas unidades de ensino de Boa Vista passaram, neste sábado, 17, por consultas oftalmológicas e tiveram a oportunidade de escolher a armação de óculos ideal. Os atendimentos ocorreram nas escolas municipais Palmira de Castro Machado e Ivany dos Santos Parente, onde já foi concluída a primeira fase, que consiste na identificação e diagnóstico da saúde visual das crianças.
Até o momento, mais de 3.500 alunos de nove escolas municipais já passaram por esta etapa de identificação de casos. Dentre os principais diagnósticos estão: refração, miopia e astigmatismo. De acordo com o prefeito Arthur Henrique, o Bem-Te-Vi é um projeto de saúde, mas com impacto direto na educação, já que dados da Associação Brasileira de Oftalmologia estimam que 80% das crianças do país nunca passaram por uma consulta oftalmológica.
“Com esse projeto queremos garantir que nossos alunos da rede municipal tenham acesso ao óculos e, consequentemente, consigam estudar melhor. Muitas crianças, durante o processo de aprendizagem, por não enxergarem da forma correta, acabam perdendo o interesse pelos estudos e aprendendo menos”, explicou.
A entrega dos óculos acontece 30 dias após a consulta e escolha da armação. Acompanhada do pai, que elogiou a iniciativa da prefeitura em melhorar a qualidade de estudo das crianças, Emilly Rafaelly, de 11 anos, chegou animada para a consulta e escolha do novo acessório, que passará a fazer parte da sua rotina.
“Hoje fiz a consulta com o médico e agora vou escolher a armação dos meus óculos. Como eu já uso óculos, pensei em uma armação metálica e mais neutra porque acho bem mais bonito. Agora, eu estou achando muito bom consultar na minha escola e já tô procurando um coleguinha para a gente conversar, enquanto espero”, comentou.
Sobre o projeto
Desenvolvido pelas secretarias de Educação e Saúde, o Bem-Te-Vi foi lançado no dia 20 de abril deste ano. Para identificar as crianças que têm necessidade de uso de óculos, serão feitas triagens em todas as creches, pré-escolas, ensino fundamental, escolas indígenas e rurais da capital. A execução do projeto, como triagem, diagnósticos, equipamentos, estruturas é custeada com recursos próprios do município.
Jaqueline Pontes
