O Maior Arraial da Amazônia também é sinônimo de inclusão social. Como é tradição, os projetos sociais do município dão um toque especial em todas as edições do Boa Vista Junina. Este ano, serão mais de 140 integrantes participando, entre crianças, adolescentes, jovens e idosos do Cabelos de Prata, Crescer e Conviver.
Com um tema surpresa – e que promete emocionar o público desta 22ª edição, mais de 50 integrantes do Cabelos de Prata já estão nos preparativos para este momento. Só nos ensaios já mostraram que vão esbanjar disposição e vitalidade na arena junina. Ansiosa por este momento está a aposentada Tarcísia de Lima, de 84 anos, quadrilheira veterana que este ano dança como rainha caipira da quadrilha do projeto, que se apresenta no dia 17 de junho.
“Sempre danço e não perco uma edição do arraial. Estou muito empolgada. É um privilégio enorme que este ano eu, com 84 anos de idade, sou a rainha da quadrilha. Meu aniversário é dia 10 de julho e esse foi um grande presente para mim”, disse.
Quem também promete brilhar no BV Junina é a quadrilha do Conviver, contando com a participação de 38 crianças e adolescentes atendidos nos Cras Cauamé, Sílvio Leite e Pintolândia. Com o tema voltado para a primeira infância, “Conviver, brincando na Selvinha Amazônica”, a turminha vai fazer do tablado uma arena de brincadeiras e diversão, durante a apresentação marcada para o dia 18 de junho.
Após todo o período crítico da pandemia, 52 jovens do projeto Crescer levarão o tema “Dias melhores para sempre”, com mensagens de otimismo e homenagens surpresas ao público do Maior Arraial da Amazônia. Os jovens vão abrilhantar o São João, trazendo o destaque do azul do céu em seus trajes. O reencontro também está marcado para o dia 18 de junho.
“Estamos numa grande expectativa, porque foram dois anos sem dançar. Quero dar o meu máximo encima do palco e sei que a gente vai arrasar representando a prefeitura. Vai ser emocionante um grande reencontro do nosso projeto com o público”, disse Joyce Marcelly, 19, noiva da quadrilha.
No projeto há três meses, Danny Ross, 17, já recebeu o título de rainha da Diversidade e agradece o grupo pela confiança. “Só tenho a agradecer o projeto porque, como o próprio nome diz, nos oportuniza a crescer. A diversidade hoje tem força e voz. Estamos ganhando cada vez mais espaço na sociedade. É minha primeira vez na quadrilha e ainda como rainha da diversidade vou dar o meu melhor”, disse.
Produção dos adereços juninos são produzidos pelos alunos do Crescer: É na Oficina de Corte, Costura e Criações do projeto Crescer, que estão sendo confeccionados todos os adereços de cabelos e cabeças das quadrilhas dos projetos sociais. Os alunos desta oficina, não dançarão no tablado mas estão dando um show de criatividade e habilidade na arte de bordar, corte e costura e colagem.
Ceiça Chaves