A Câmara Municipal de Boa Vista realizou Audiência Pública sobre Síndrome de Down e Autismo na tarde desta quinta-feira, 27, com a presença de entidades e vereadores que atuam e simpatizam pelas causas. O presidente da audiência, vereador Ítalo Otávio (Republicanos) conduziu a mesa ao lado dos vereadores Bruno Perez (MDB) e Tuti Lopes (PL) que também promoveram o encontro.
“Após essa audiência vamos reforçar os pedidos já feitos ao poder público para garantir um tratamento específico e adequado para essas crianças em escolas e espaços públicos, também vamos buscar parcerias em outras esferas e com outros parlamentares para garantir mais políticas públicas de qualidade às pessoas atípicas de nossa cidade e por fim, precisamos de mais envolvimento da gestão municipal em questões mais urgentes para essas famílias, tendo em vista que o primeiro passo era justamente se fazer presente nessa audiência”, disse Ítalo.
Lauricélia Carneiro da União de Pais e Pessoas Autistas (UPPA), alertou que é necessário que crianças com autismo tenham orientações em escolas para saber quando estão em situação de perigo, devido aos últimos atentados e tentativas de atentados em escolas, já que elas ainda não conseguem distinguir esses momentos. Lauricélia também pontuou as dificuldades de inclusão em unidades de ensino públicas.
“Meu filho passou por três escolas municipais e não há inclusão, e não há capacitação eficaz para os profissionais da educação. Também precisamos de professores auxiliares e cuidadores, também passamos dificuldade para conseguir atendimento terapêutico, consultas especializadas e acesso a exames genéticos, enfim, vivemos frustradas”, desabafou.
O presidente do Conselho Municipal de Saúde, Ricardo Mattos, lembrou que é necessário o envolvimento de toda sociedade, não somente de entidades e políticos.
“A Constituição federal chama a participação da sociedade para a garantia de direitos de pessoas com deficiência e atípicas. O momento realmente é esse, de buscar resolutividade para sair da mesmice e da zona de conforto”, lembrou Ricardo Mattos emocionado.
Também estiveram presentes os representantes da Associação de Pais, Amigos e Familiares da Pessoa com Síndrome de Down (AMARDOWN), Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) e representante das Pessoas com Transtorno do Defict de Atenção com Hiperatividade.
