O Governo de Roraima, por meio da Setrabes (Secretaria de Trabalho e Bem-Estar Social), promoveu nesta terça-feira, 31, o aniversário de quatro anos da Casa da Mulher Brasileira em Roraima. A unidade faz parte do Programa “Mulher Viver sem Violência”, e é uma das estratégias de enfrentamento à violência de gênero, conforme dispositivos da Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006).
Neste quadriênio, a Casa atendeu a mais de 56 mil mulheres em situação de violência. Ela é gerida pela CEPPM (Coordenação Estadual de Políticas Públicas para as Mulheres), da Setrabes.
Durante a celebração, foram apresentados depoimentos de algumas mulheres atendidas pela unidade, desfile, exposição e comercialização de produtos feitos pelas participantes do Projeto Potencializando Mulheres, palestra sobre violência doméstica, apresentação de dados e informações dos serviços e atendimentos que foram realizados pela CMB durante os quatro anos de atuação, além de entrega de certificados do projeto Amigos da Política Públicas para as Mulheres.
A primeira-dama Simone Denarium, destacou que a Casa da Mulher Brasileira funciona 24 horas por dia para que a mulher que sofreu algum tipo de violência possa ser atendida imediatamente.
“Quando essas mulheres vêm à Casa já são acolhidas logo na recepção pela equipe com todo cuidado e carinho. A maioria das pessoas não conhece o trabalho, serviços e atendimento que são ofertados pela CMB, onde também temos parceiros que nos ajudam integralmente, como a Delegacia da Mulher, a Defensoria Pública e o Ministério Público do Estado, o Tribunal de Justiça e demais parceiros que fazem um lindo trabalho de acolhimento, autoestima e empoderamento”, afirmou Simone.
A secretária da Setrabes, Tânia Soares, afirmou que o Governo de Roraima vem executando várias ações na frente ao combate contra a violência de gênero, muitas sob a Coordenação Estadual de Políticas Públicas de Mulheres, apoio principal aos programas desenvolvidos pela Casa da Mulher Brasileira em tempo integral.
“Em quatro anos, a CMB fez mais de 56 mil atendimentos e realizou diversos eventos, os quais sempre tiveram o intuito de educar, prevenir, ajudar e sensibilizar as mulheres acerca dos problemas ocasionados pela violência doméstica, além de projetos e serviços ofertados para o empoderamento e geração de renda dessas mulheres em Roraima”, disse Tânia.
A coordenadora Graça Policarpo, destacou que a Casa da Mulher Brasileira é um espaço integrado e humanizado que une todos os serviços especializados de atendimento às mulheres em situação de violência doméstica e familiar.
“A CMB cuida da mulher vítima de violência e também do ciclo familiar que também é impactado pela violência. Temos uma equipe multidisciplinar que atua no psicossocial, núcleo de saúde, setor de autonomia econômica, de arte, beleza, artesanato e geração de renda. E também temos ações itinerantes que são realizadas com as viagens através do ônibus Lilás, levando a prevenção da violência e divulgação dos serviços e atendimentos que são ofertados pela Casa da Mulher Brasileira”, declarou Graça.
Conheça os principais serviços disponíveis na Casa da Mulher Brasileira:
Acolhimento e Triagem
É a porta de entrada da CMB. Forma um laço de confiança, agiliza o encaminhamento e inicia os atendimentos prestados pelos outros serviços da Casa, ou pelos demais serviços da rede, quando necessário.
Apoio Psicossocial
A equipe multidisciplinar presta atendimento psicossocial continuado e dá suporte aos demais serviços da casa. Auxilia a superar o impacto da violência sofrida e ajuda a resgatar a autoestima, autonomia e cidadania.
Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher)
É a unidade da Polícia Civil de Roraima voltada às ações de prevenção, proteção, investigação dos crimes de violência doméstica e sexual, entre outros.
Defensoria Pública Estadual
A Defensoria Especializada na Defesa dos Direitos da Mulher orienta as mulheres sobre seus direitos. Presta assistência jurídica e acompanha todas as etapas do processo judicial de natureza civil ou criminal.
Promotoria de Justiça de Defesa da Mulher
Orientações sobre o fato e o processo; orientações sobre estratégias para romper o ciclo de violência e sobre a autonomia da mulher; orientações e providências sobre Medidas Protetivas de Urgência; análise do caso e encaminhamento a outros setores da CMB, do Ministério Público ou da Rede de Proteção.
Central de Transportes
Possibilita o deslocamento de mulheres atendidas na Casa da Mulher Brasileira para os demais serviços da Rede de Atendimento, tais como: saúde, rede socioassistencial (CRAS e CREAS), medicina legal, entre outros.
Patrulha AME (Atendimento Múltiplo Especializado)
Serviço da Polícia Militar de atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica encaminhando-as para delegacias e demais redes de atendimento.
Alojamento de Passagem
Espaço de abrigamento temporário de curta duração (até 48h) para mulheres em situação de violência, acompanhadas ou não de seus filhos, que corram risco iminente de morte.
Serviço de Saúde
Os serviços de saúde atendem as mulheres em situação de violência. Além de encaminhar as mulheres vítimas ao atendimento de emergência, também oferecem acompanhamento médico e psicossocial.
Promoção da Autonomia Econômica
Esse serviço é uma das “portas de saída” da situação de violência para as mulheres que buscam sua autonomia econômica, por meio de educação financeira, qualificação profissional e inserção no mercado de trabalho.
Brinquedoteca
Acolhe as crianças de zero a 12 anos de idade que acompanham as mulheres, enquanto aguardam o atendimento.
Ágata Lima