Como forma de integrar e socializar mais as crianças atendidas pelo Centro Especializado em Transtorno Espectro Autista (CETEA) em Boa Vista, profissionais da unidade promoveram nesta semana o 3º IntegraTEA. O projeto busca trabalhar com elas de forma coletiva, promovendo atividades que envolvem além do aprendizado, várias atividades dinâmicas e recreativas.
De acordo com a gestora do CETEA, Sandra Nobre, os trabalhos acontecem em dois momentos entre os estudantes matriculados no Centro de Autismo que se encontram na rede municipal de ensino. O primeiro com foco na área lógico-matemática e o segundo de letramento e alfabetização.
“O IntegraTEA acontece quinzenalmente em dias da semana alternados e buscamos proporcionar esse momento para que as crianças possam brincar e aprender umas com as outras. Até porque, o autista, na maioria das vezes, tem dificuldade de socializar com outras pessoas. E com esse projeto, observamos o quanto elas têm evoluído”, disse a gestora.
Entre os profissionais que promovem as atividades estão fonoaudiólogo, psicólogo, pedagogo, profissional de educação física, fisioterapeuta e arte-educador, que se revezam entre as duas salas e fazem as atividades com a criançada, como o jogo da memória, árvore das letras, dança sincronizada, pula corda, empilhamento das cores e muito mais.
Integração e socialização
A servidora pública Marta Silva, 40 anos, é mãe do estudante Arthur Afonso, 9 anos, que está no 3º ano do Ensino Fundamental e estuda na Escola Municipal Aquilino Mota Duarte. Ele é atendido pelo CETEA desde maio desse ano, quando a unidade foi inaugurada.
“Meu filho melhorou 80% após chegar no Centro de Autismo. Hoje ele é outra pessoa, uma criança que está desenvolvendo bem a fala, coordenação motora e no aprendizado. Antes ele não podia nem ver outras crianças, porque já ficava com medo e retraído. Agora, ele já pede para vir! Tudo isso, graças ao trabalho de toda essa equipe maravilhosa”, elogiou a mãe.
Segundo o professor de educação física Maycon Machado, todos os jogos do projeto utilizam material reciclado, como copos descartáveis e papelão, com o objetivo de ensinar a criança sobre questões de matemática e português, de uma forma bem divertida e descontraída.
“Buscamos trazer materiais coloridos nesses espaços, coisas diferentes que estimule a criança a buscar o brinquedo e dê uma funcionalidade maior para ele. E isso faz com que se comunique com outra criança. Também buscamos que a criança interaja com profissionais diferentes, para estimularem ainda mais essa socialização com outras crianças”, ressaltou o professor.
Wandilson Prata