Centro de Memória e Cultura do TJRR recebe documentos históricos para compor o acervo

Dentre os documentos históricos entregues estão processos judiciais datados entre 1888 e 1894. – Fotos: Nucri TJRR

Para celebrar o Dia da Memória do Poder Judiciário, comemorado em 10 de maio, o Centro de Memória e Cultura do Poder Judiciário de Roraima recebeu do juiz Angelo Mendes, titular da 2ª Vara Cível Residual, documentos históricos que irão compor o acervo do espaço destinado à preservação e divulgação da história da justiça roraimense. A data foi instituída pelo Conselho Nacional de Justiça por meio da resolução nº 316/2020.

Dentre os documentos históricos entregues estão processos judiciais datados entre 1888 e 1894. Para o desembargador Cristóvão Suter, coordenador do Centro de Memória e Cultura, o Dia da Memória do Poder Judiciário ganha ainda mais relevância devido à entrega efetiva que a justiça roraimense dá ao incentivar a preservação da história do Judiciário no Estado.

“Receber esses processos que remontam ao século XIX, traduz uma alegria e uma satisfação com o aumento do acervo dos nossos bens, dos nossos processos. Isso faz com que a população possa ter acesso, os jovens estudantes, a um material que antes jamais poderia ser visto, isso tudo à disposição da população”, destacou.

Já o juiz Angelo Mendes, titular da unidade onde os documentos históricos foram localizados dentro de um cofre, explicou a contribuição dos novos materiais para o acervo do Centro de Memória e Cultura.

“Eu tive a oportunidade e a honra de fazer a descoberta dos documentos que estavam guardados em um cofre na unidade. Tenho certeza que será de grande valia para o Centro, que é um lugar fantástico. Quem não conhece deve conhecer porque é um grande avanço para nosso Estado”, concluiu.

A supervisora do CMC, Olane Matos, ressaltou ainda a felicidade em receber os novos componentes do acervo histórico do Poder Judiciário de Roraima e incentivou àqueles que possuem materiais que possam fazer parte da história do Tribunal a entrarem em contato com o Centro por meio do número: 95 3198-4104.

“Nós pedimos que qualquer pessoa que identificar um documento ou um objeto que possa ter esse valor histórico para o Poder Judiciário, entre em contato com o Centro de Memória para que possamos analisar. Às vezes, pode parecer algo pequeno, mas para a história que todos os dias trabalhamos para contar, é primordial”, completou.

Centro de Memória

O Centro de Memória, inaugurado em janeiro deste ano. Telões interativos, fotos, atas de reunião, mobiliários e aparelhos históricos, processos antigos e uma exposição especial do Museu Integrado de Roraima, são algumas das atrações. A inovação e a tecnologia fazem do Centro um espaço interativo, educativo e cultural, para mostrar aos visitantes, em um ambiente cercado de cores vivas, a história não só do Poder Judiciário, mas do Estado de Roraima e suas culturas. O espaço é aberto ao público e funciona de segunda a sexta-feira, de 09h às 17h, na avenida Ville Roy. s/n, bairro São Pedro (ao lado da Femarh).

Dia da Memória

A criação foi formulada inicialmente na rede MEMOJUS BRASIL e discutida por profissionais e especialistas da área de vários tribunais do país. No âmbito da rede, foi realizada votação de datas representativas da história do Poder Judiciário do país, tendo sido vencedora a alternativa do dia 10 de Maio.

A data escolhida faz referência ao alvará de 10 de maio de 1808 de D. João VI, que criou a Casa da Suplicação do Brasil. A iniciativa foi implementada dois meses depois do estabelecimento da família real portuguesa no Rio de Janeiro, onde havia chegado em março daquele ano, para fugir da ameaça de invasão francesa.

Trata-se de marco representativo na história do Poder Judiciário nacional por simbolizar uma espécie de independência da Justiça brasileira em relação à portuguesa. Essa independência judiciária antecedeu a política de 1822 em mais de quatorze anos. Mais detalhes sobre a data, podem ser acessados AQUI.

 

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