Nesta sexta-feira, 31, o Centro Humanitário de Apoio à Mulher (Chame) da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) participou do I Encontro da Marcha das Margaridas do Estado. O evento ocorreu na Casa da Mulher Brasileira, em Boa Vista, e foi organizado pela Secretaria Estadual do Trabalho e Bem-Estar Social (Setrabes) e por diversas organizações feministas da região.
Durante o evento, o Chame apresentou os serviços gratuitos prestados às vítimas de violência doméstica e destacou a importância de políticas públicas efetivas para combater essa realidade. A psicanalista da instituição, Janaina Nunes, informou como funciona o atendimento multiprofissional do Chame.
“Nós acolhemos as vítimas e realizamos a escuta profissional, sem julgamento nem hora para acabar. Com o acompanhamento conjunto de psicóloga, assistente social e advogada, as encaminhamos para todos os serviços que forem necessários, como a Delegacia da Mulher, Defensoria Pública ou mesmo para a Casa da Mulher Brasileira”, disse Nunes
Angélica Cadete estava atenta às palestras. Ela trabalha no posto de saúde da comunidade indígena Canauanim, no município de Cantá, e contou sobre o próprio caso de violência doméstica.
“Não cheguei a denunciá-lo, mas falei para ele que, qualquer coisa que fizesse comigo, procuraria meus direitos. É como foi falado aqui: nós não temos que servi-los, pois todos temos direitos iguais, seja homem ou mulher”, frisou.
Graça Policarpo, diretora da Casa da Mulher Brasileira, afirmou que um dos objetivos do evento é organizar a ida de cem mulheres roraimenses para participar da Marcha Nacional das Margaridas em Brasília, nos dias 16 e 17 de agosto.
“Com esse evento, estamos encerrando o ‘março mulher’, com a participação de diversas mulheres rurais, indígenas e de movimentos sociais de cinco municípios do Estado. A intenção é angariar fundos para levarmos cem representantes de Roraima para a marcha em Brasília, com as mulheres do campo, da cidade, da floresta e das águas”, explicou a diretora.
Maria Alves da Silva, secretária das Margaridas de Roraima, afirmou que o evento procurou ressaltar os direitos das mulheres em diversas áreas. “Muitas ficam assustadas com o movimento, mas a Marcha das Margaridas nada mais é do que um encontro para dizer o que queremos e cobrarmos os nossos direitos”, garantiu.
Anderson Caldas