A pandemia do Covid trouxe para todos grandes perdas, emocionais, financeiras, familiares. Em Roraima não foi diferente, um exemplo disso foi o número de artistas que partiram durante esse período tão nebuloso de nossa história. O festival ocorre de 1º a 4 de setembro, na Toca da Bruxa.
Aproveitando a comemoração de um ano de funcionamento, a Toca da Bruxa resolveu criar o I TocaFest, dando aos prêmios os nomes de grandes e inesquecíveis personalidades do nosso estado, que partiram por conta do Covid, como uma forma de homenageá-los.
No total, serão oito categorias prestigiando os artistas escolhidos, duas dessas homenagens serão para a Fotógrafa France Telles e o poeta Devair Fioreti, que não faleceram durante a pandemia, porém suas trajetórias profissionais têm grande relevância para sociedade boa-vistense.
Entre as categorias homenageadas estão as artes plásticas, a poesia, a dança, músico interprete, rock e fotografia. Dessas, serão premiados simbolicamente os artistas escolhidos.
As inscrições são gratuitas e já estão abertas desde o dia 20 de julho e seguem até o dia 20 de agosto. O formulário das inscrições está disponível via internet no endereço: https://forms.gle/WyYsrrcEvnUZh4MU6
Onde os participantes devem informar os dados e preencher os campos obrigatórios solicitados no formulário no ato da inscrição.
Coordenador: Ernandes Dantas – 95 9157-3938
Confira as categorias da premiação
Cardoso – Homenagem Artista plástico
Artista plástico roraimense que deixou um legado de força, amor e paixão pelo Regionalismo combinado com o Surrealismo. Com mais de 100 obras, muitas delas foram premiadas e outras estão expostas em países como Japão, França, Canadá, Áustria e até na cidade do Vaticano.
Devair Fioretti – Homenagem Poeta
O grande Devair Fioretti coração do professor Devair Fioretti, batia forte pela poesia. Lançou quatro livros de poesia, em sua maioria, exaltando a cultura roraimense. Devair se envolveu em vários projetos voltados aos Povos Indígenas. Para ele, a vida poderia ser melhor para todos, e ele lutava por isso.
France Teles – Homenagem Fotógrafa
O sonho dela sempre foi fotografar. France Telles dominou um território até então imperado por homens na fotografia profissional em Roraima. Em apenas 10 anos, France fez seu nome e seus olhos de lince buscavam momentos efêmeros para torná-los eternos.
Marzinho Carvalho – Músico Intérprete
Homem sonhador, polêmico e não gostava de injustiça. Marzinho Carvalho amava viver, amava MPB e Rock, a banda favorita eram Os Beatles, e do Lulu Santos uma música especial era “Certas coisas”.
Marzinho a cantar em 1990, quando chegou em Boa Vista. Começou a carreira com Geraldo Sena e França Amorim e também com Silvero. É lembrado pela família e amigos como uma pessoa alegre que amava cantar e fazer as pessoas felizes.
Sonia Reis – Mãe do dançarino Santiago
Essa é a homenagem Sônia Reis, que deu à luz ao bailarino roraimense Santiago, conhecido e aclamado em todo Brasil. Sônia sempre foi a maior incentivadora da carreira do filho, que hoje é referência em dança moderna. Mãe amorosa, ela é homenageada pelo sucesso do filho e por sua sensibilidade artística.
Noronha – Prêmio de banda revelação
“Eu sou professor”, era isso que o músico autodidata e multi-estrumentista dizia sempre aos amigos. Ser cadeirante nunca o impediu de fazer o que gostava: música.
Noronha começou a se envolver no universo musical ainda criança. Em Boa Vista, fez sucesso com a banda Nós à Deriva. A veia que tinha para ensinar e conquistar os alunos ele também deixou como legado aos filhos.
Limbert – Prêmio de performance de banda de rock
Carismático, longe do estereótipo do metaleiro malvado, o músico Limbert começou a tocar por volta dos 13 anos. Por toda sua vida esteve envolvido em projetos musicais atuando em bandas covers de rock. Sua banda favorita era Eagle fly free, da famosa banda Helloween. Agora, no céu, ele é uma águia poderosa.
Mirian Blos – Hors Concours
A inesquecível maestrina do coral Canarinhos da Amazônia, Mirian Blos, é homenageada por encantar Roraima com as vozes mais belas e repletas de talento do estado. Mirian atuava na música há mais de 20 anos e foi também responsável por incluir crianças venezuelanas no projeto de um coral na fronteira, além da ajuda humanitária