Comércio deverá faturar com a Páscoa de 2022 em Roraima

As vendas no setor voltadas para a data deverão movimentar R$ 5,8 milhões no comércio varejista. – Foto: Ascom/Fecomércio-RR

A Páscoa de 2022 deve ser um pouco melhor para o varejo do que a do ano passado, de acordo com a projeção da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Em Roraima, as vendas no setor voltadas para a data deverão movimentar R$ 5,8 milhões no comércio varejista, ultrapassando os resultados pré-pandemia. Para assessor econômico da Fecomércio/RR, Fábio Martinez, “confirmando a estimativa, as vendas relacionadas a Páscoa deste ano terão o maior valor já registrado em toda a série histórica, crescendo 9,8% em comparação com a Pascoa de 2021. Mas, vale ressaltar que esse aumento no valor do faturamento está fortemente atrelado ao aumento nos preços dos produtos típicos dessa data, em especial ao preço dos chocolates, que apresentaram um aumento médio de 8,5% neste ano”, destaca o economista.

Ainda segundo a análise da CNC, a valorização do real viabilizou o aumento do volume de importação de chocolates, que avançou 8% (1,43 mil toneladas) em relação ao ano passado. A taxa de câmbio do produto mais consumido na data, que há poucos dias estava em 5,70 R$/US$, atualmente se encontra próxima aos 5,00 R$/US$, um recuo de mais de 12%.

E, apesar de o número ainda estar aquém das 1,87 mil toneladas de chocolates importadas em 2019, antes da pandemia, o presidente da CNC, José Roberto Tadros, avalia o avanço como positivo. “O volume de importação de produtos típicos costuma ser um importante indicativo da expectativa do varejo para a data. Ainda não alcançamos a recuperação plena, mas o crescimento mostra que seguimos no processo de retomada”.

Menos bacalhau e itens mais caros

Outro item muito procurado nos dias que antecedem a Páscoa, o bacalhau, teve retração de 17% no volume de importações.

A cesta de bens e serviços, composta por oito itens tipicamente consumidos durante a celebração, deverá ficar 7,0% mais cara do que no mesmo período de 2021 (na média, para um IPCA-15 na casa de 10,5%), representando a maior alta desde 2016, quando a variação foi de +10,3%. Entre os produtos, bolos e azeite de oliva se destacam, tendo apresentado tendência de avanço de 15,1% e 12,6%, respectivamente, nos últimos 12 meses.

Iara Bednarczuk

 

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