Na busca por profissionais capacitados e preparados para ocupar cargos de alta responsabilidade, o concurso público para o cargo de delegado da PCRR (Polícia Civil de Roraima) inclui um estágio crucial, rigoroso e minucioso: a prova oral.
A etapa, de caráter eliminatório, foi aplicada ao longo do sábado, 29, domingo, 30, e se encerra nesta segunda-feira, 31, tendo como objetivo avaliar a capacidade de comunicação, conhecimento técnico e habilidades interpessoais dos candidatos.
Após a aprovação na prova escrita, na atividade física, na prova psicológica, a prova oral é uma etapa determinante e coloca os candidatos ao cargo de delegado da PCRR em contato direto com uma banca examinadora, composta por especialistas da área de segurança pública, contratados pela Fundação Vunesp.
De acordo com informações do diretor Administrativo da PCRR, delegado Jimmy Santana, nesse momento, cada concorrente é submetido a questionamentos que abrangem temas jurídicos, procedimentos investigativos, conhecimento das leis e aspectos práticos relacionados ao cargo de delegado.
“Essa etapa busca avaliar a capacidade dos concorrentes em se expressar de forma clara e objetiva, bem como sua habilidade de argumentação, conhecimentos técnicos e jurídicos, e tomada de decisão sob pressão”, destacou.
O coordenador-geral de aplicação da prova, Daniel Alberto Casagrande, ressaltou a importância dessa nova etapa do concurso para o cargo de delegado.
“Já tivemos as fases anteriores e agora para fechar o concurso estamos na fase oral, em que são avaliados os conhecimentos jurídicos, raciocínio, a forma como o candidato se expressa, o português. Percebemos que há candidatos bem qualificados e agora estamos caminhando para a fase final do concurso”, disse.
A delegada-geral adjunta da Polícia Civil, Darlinda de Moura Viana, acompanhou todo o certame nos três dias de aplicação da prova. Segundo ela, o principal desafio enfrentado pelos candidatos durante a prova oral é a necessidade de demonstrar, em tempo real, suas competências acadêmicas e práticas, enquanto mantêm a calma e a clareza nas respostas.
“Além disso, é fundamental que se expressem de forma coesa e objetiva, transmitindo confiança e segurança em suas argumentações”, disse.
Essa etapa do concurso público visa, também, avaliar a postura ética dos candidatos diante de situações hipotéticas e dilemas éticos comuns na rotina de um delegado.
“Os examinadores buscam identificar não apenas o conhecimento teórico, mas a capacidade de tomar decisões adequadas e éticas em circunstâncias desafiadoras. Em suma, a prova oral no processo de seleção para Delegado da Polícia Civil é uma etapa crucial, que requer não apenas domínio dos conteúdos teóricos, mas também habilidades de comunicação e argumentação sólidas. Aqueles que superam esse desafio têm maiores chances de ingressar na carreira de delegado”, completou.
Candidatos ao Cargo de Delegado se mostram confiantes no certame
Para alcançar sucesso na prova oral, os candidatos precisam estar bem preparados e confiantes. Dos 112 candidatos aptos a fazerem a prova oral para o cargo de delegado, três não compareceram, mas o clima entre os demais era de tranquilidade.
Dentre eles, o candidato Bruno Gabriel Bezerra Costa, que é policial militar no Estado do Ceará, afirmou que estava confiante por ter se preparado para o certame. Ele destacou que tem experiência na área da segurança pública, por atuar como policial militar e, que, apesar de serem funções diferentes, acredita que pode somar.
“Tenho uma experiência de campo, como policial militar. São áreas diferentes, mas acredito que posso somar com a experiência de quem se encontra na atividade e com essa troca de informações vamos tentar proporcionar ao máximo um serviço de qualidade de Polícia Judiciária à população”, declarou.
Natural de São Paulo, a candidata ao cargo de delegada de polícia, Ariane Grisolia Faria Silva mora há sete anos em Roraima e observou que a prova oral é uma fase importante em que os candidatos podem mostrar mais uma etapa de suas habilidades.
“Espero contribuir com a sociedade. O delegado de Polícia é um servidor público e acredito que o Estado de Roraima espera de cada candidato e que, ao entrarmos, tenhamos a consciência e responsabilidade do nosso papel na sociedade”, finalizou.
Sandra Lima