A PCRR (Polícia Civil de Roraima), por meio do NUPEN (Núcleo de Pesquisa e Ensino), deu início nesta quarta-feira, 1°, ao curso de investigação de crimes cibernéticos, destinado exclusivamente para mulheres policiais. A ação encerra na sexta-feira, 3, e faz parte da programação de aniversário de 19 anos de institucionalização da entidade.
O curso está sendo ministrado pela delegada-geral adjunta Darlinda de Moura Viana e pelo escrivão-chefe da DERCC (Divisão de Repressão aos Crimes Cibernéticos), Amauri Carvalho, no IERR (Instituto de Educação de Roraima), no bairro Pricumã.
Ao todo, 70 agentes do órgão serão capacitadas no curso, que será aplicado em duas turmas ao longo do mês.
De acordo com a delegada Darlinda Viana, a novidade em relação a este curso é que, por março ser o mês alusivo às programações voltadas para mulheres, o curso de investigação de crimes cibernéticos atenderá especificamente policiais civis femininas.
Na abertura do curso foram abordados temas como a legislação que rege os crimes cibernéticos, os tipos de crimes mais aplicados por criminosos e, ainda, os tipos de vírus que os infratores utilizam nas atividades ilícitas.
Segundo Viana, a investigação dos crimes virtuais é feita com base em uma análise técnica, que permite verificar a autoria e materialidade dos crimes praticados por meio de uma rede que interliga os computadores.
A delegada destacou ainda que geralmente, os principais delitos cibernéticos praticados no Brasil são relacionados à pornografia infantil, fraudes bancárias e crimes contra a honra, como calúnia, injúria e difamação. Também são frequentes os delitos de apologia e incitação aos crimes contra a vida e o tráfico de drogas.
“Temos como diretriz básica a modernização dos aspectos de investigação criminal. A investigação cibernética é um dos pontos-chaves para essa modernização na estrutura de investigação. No curso estamos capacitando as policiais civis mulheres sobre os instrumentos de investigação policial para apuração da autoria dos crimes cibernéticos no contexto da legislação do Marco Civil da Internet”, destacou.
Segundo a delegada, esse tipo de investigação busca, garantir e preservar o direito à proteção de dados dos usuários. “Estaremos tratando sobre as linguagens técnicas que devem ser adotadas ao longo das investigações e os caminhos a serem seguidos. Também apresentaremos estudo de casos”, disse.
Sandra Lima
