Representantes da Sesau (Secretaria de Saúde) se reuniram nessa segunda-feira, 6, com autoridades de saúde da Guiana para discutir os últimos detalhes relacionados às novas ações de bloqueio epidemiológico de transmissão da Dengue Tipo 3 na fronteira entre as cidades gêmeas Bonfim e Lethem.
A região fronteiriça está em alerta desde agosto deste ano, após a confirmação de dois casos da doença no território brasileiro. Desde então, os dois países vêm realizando uma série de ações que visam evitar um colapso na rede pública de saúde roraimense.
“As ações que estão sendo desenvolvidas entre a Sesau, o município de Bonfim e a cidade de Lethem são de suma importância para o controle [da doença] e evitar uma epidemia de dengue no nosso Estado, principalmente em Bonfim”, afirmou a coordenadora Geral de Vigilância em Saúde, Valdirene Oliveira.
Segundo dados do LIRAa (Levantamento Rápido de Índices para Aaedes aegypti), realizado entre 25 a 29 de setembro de 2023, Caracaraí (4,4%) e Cantá (6,2%) foram os municípios que apresentaram alto risco de transmissão para as arboviroses.
Apresentaram médio risco os municípios de Alto Alegre (3,4%), Boa Vista (1,3%), Bonfim (2,1%), Iracema (2,1%), Mucajaí (3,2%), Pacaraima (1,7%), Rorainópolis (3,3%) e São Luiz (1,8%)
Já os municípios que apresentaram baixo risco foram: Amajari (0,4%), Caroebe (0,8%), São João da Baliza (0,9%) e Uiramutã (0,9%). A cidade de Normandia foi a única que não realizou o levantamento.
Nas reuniões com as autoridades de saúde de Lethen, município de Bonfim e Estado, ficou pactuada a realização de nebulização por meio de “carro fumacê”, nos períodos de 31/10/2023 a 03/11/2023 e 07 a 10 deste mês. A execução da ação visa fortalecer a capacidade operacional do controle vetorial da equipe de endemias da cidade de Lethem para o bloqueio de transmissão da doença.
Além disso, também foi confirmada a realização de atividade de capacitação e organização das Unidades de Saúde do município e Hospital Pedro Álvaro Rodrigues com intuito de reforçar o potencial de atendimento das demandas das duas cidades.
“Com essas ações estratégicas, será possível fazer o controle vetorial, para reduzir ou evitar um aumento de casos na cidade de fronteira, bem como realizar o atendimento dos pacientes de forma oportuna”, completou a coordenadora.
Minervaldo Lopes