O piso salarial mínimo regional, realidade em alguns estados do país, foi tema do discurso do deputado Renato Silva (Pros), nesta terça-feira, 15. O parlamentar defendeu o reajuste e já protocolou um requerimento, lido durante sessão plenária da Assembleia Legislativa de Roraima (ALERR), para a realização de uma audiência pública em abril.
Segundo Silva, a alteração vai garantir melhorias salariais dos trabalhadores roraimenses. Munido de dados técnicos e pesquisas sobre o assunto, ele garantiu que o piso salarial impacta positivamente a economia local e implementa a política de valorização dos salários.
“O que faz as empresas fecharem as portas não é o aumento do salário mínimo, mas sim, quando o consumidor perde o poder de compra. Se o povo não tem dinheiro, como vai pagar mais de R$ 7 de combustível, uma energia tão cara que temos aqui em Roraima e comprar uma cesta básica de mais de R$ 100? Precisamos ajustar o salário, pois do jeito que está, está muito difícil. É a valorização do trabalhador e impacto muito positivo na economia”, explicou.
O governo federal reajusta anualmente o salário com base no INPC. Porém, leis estaduais já são realidade no Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, que preveem um salário mínimo independente. O parlamentar elencou os reajustes de cada estado e relatou que grande parte deles usa como base o salário mínimo em 2022, mas estipulam o valor superior ao aplicado nacionalmente. A medida é para equiparar as diferenças econômicas encontradas nas diversas regiões do país.
“Cinco estados já fixaram o valor em 2022. Por que em Roraima não podemos fazer o mesmo?”, questionou.
O salário mínimo atual no Brasil é de R$ 1.212, e a medida proposta pelo parlamentar deve partir do Poder Executivo estadual. A audiência pública proposta por Renato Silva será marcada nos próximos dias.
Kátia Bezerra