Durante Audiência Pública na ALE-RR (Assembleia Legislativa de Roraima), nesta quinta-feira, 20, o Governo do Estado apresentou o Plano de Trabalho 2023 para a Agricultura Familiar e Indígena.
A sessão contou com a presença de autoridades políticas, representantes de associações, cooperativas e agricultores; além dos secretários que formam o Eixo de Desenvolvimento Sustentável do Plano Roraima 2030, os quais apresentaram as ações e objetivos de cada instituição com o direcionamento voltado ao homem do campo.
Com um orçamento de R$ 91,4 milhões para a efetivação de projetos agropecuários fomentados pela Seadi (Secretaria de Agricultura, Desenvolvimento e Inovação), o secretário Márcio Grangeiro enfatizou a continuidade dos programas já efetivados e apresentou novas políticas públicas em favor do crescimento sustentável e econômico roraimense em diferentes setores produtivos.
“Este é um momento oportuno para a população que trabalha e produz em Roraima buscando um futuro com segurança jurídica e oportunidade econômica. Nos últimos anos, a Seadi vem planejando, executando e monitorando políticas públicas dos setores produtivos relativas à promoção e ao fomento da inovação, indústria, agropecuária, comércio e serviços pela geração de emprego e renda sob o crescimento sustentável, também amparando os assuntos internacionais incumbidos nestes setores”, comentou.
No plenário Noêmia Bastos Amazonas, Grangeiro apresentou os projetos já desenvolvidos pelo Governo de Roraima beneficiando a agricultura.
“Nosso Estado tem trilhado um ambiente favorável aos negócios, com incentivo à produção, ao empreendedorismo e à inovação com bases sustentáveis. Nesse percurso, a Seadi vem atuando pela agricultura sustentável, pela erradicação da pobreza rural, pela inclusão social e empoderamento dos pequenos produtores sob os preceitos de 28 projetos que valorizam o meio ambiente, fortalecem setores produtivos estratégicos e conectam os mercados globais”, reforçou.
Roraima tem aproximadamente 42 mil famílias que vivem da agricultura, sendo 17 mil indígenas. O presidente do Iater (Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural), Marcelo Pereira, falou sobre os projetos e ações do Governo que estão sendo executados para fortalecer o setor produtivo.
Entre eles, o Projeto de Grãos, que teve início em 2021 e que também foi implantado nas comunidades indígenas. Para este ano o intuito é plantar 3 mil hectares em todo o Estado.
Pereira falou ainda dos projetos de Fruticultura, Avicultura, Piscicultura, Polo Cacaueiro, Horticultura, Mandiocultura, Café, Caju e o Projeto de Fortalecimento da Bovinocultura.
“São atividades que fomentam a produção no campo. O governo tem investido em insumos, maquinário e implementos agrícolas para que os produtores rurais possam aumentar a sua produtividade e, consequentemente, aumentar a sua renda familiar, movimentando assim o comércio local e contribuindo para o desenvolvimento econômico dos municípios roraimenses através das feiras livres”, disse.
A Faperr (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Roraima), representada pelo presidente Pedro Cerino, ressaltou que a pesquisa é essencial para o desenvolvimento da agricultura familiar e indígena.
“Não existe ação, sem pesquisa e ciência. A Faperr tem esse objetivo, incentivar e fomentar a pesquisa em prol dos avanços da sociedade roraimense”, destacou Cerino.
O presidente da Desenvolve Roraima, Adailton Fernandes, falou durante a audiência sobre a missão de levar o crédito para agricultura familiar e agricultura familiar indígena financiando projetos que possam ampliar a produção e melhorar a geração de emprego e renda.
“A Desenvolve financia projetos que trazem melhoria na produção agrícola como insumos, equipamentos tão necessários. É um crédito orientado e produtivo que transforma as oportunidades dos produtores da agricultura familiar”, destacou.
O presidente da ALE-RR, Soldado Sampaio, destacou que o Legislativo tem trabalhado para alocar recursos para a agricultura, em especial para o Iater. “Esse é um trabalho que estamos dando continuidade. É importante conhecer o trabalho das instituições e ouvir os produtores. Vamos levar tudo que foi falado aqui para conhecimento da Comissão de Agricultura permanente e também ao plenário quando tratarmos especialmente sobre a Lei Orçamentária para o ano que vem”, disse.
“Gostei do que foi apresentado durante a audiência. São projetos que vão melhorar muito a realidade das mais de 50 famílias da nossa região. Hoje trabalhamos muito com as mãos mesmo, e com as novas tecnologias, apoio e maquinário entregue pelo governo, vai contribuir muito para o desenvolvimento da produção”, frisou a agricultora da Cooperativa da Vicinal I de Apiaú, Mucajaí, Fabiana Cabral.
Naira Sousa e Michel Sales