João Oliveira tem dez anos de atuação como economista na Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), a realização de um sonho de infância. Ele é categórico ao afirmar que a atual gestão da Casa tem sido a mais aberta para dialogar com os servidores, ouvindo suas demandas e garantindo valorização profissional a todas as categorias, seja por meio de leis ou ações no Legislativo.
“Sinto-me grato por trabalhar na Assembleia, pois encontrei um ambiente de trabalho favorável, de valorização profissional. Sempre que possível, a gestão da Casa busca atender às demandas dos servidores, uma situação no passado que não encontrávamos no Legislativo. Com a nova gestão, temos abertura para dialogar. Conversando com outros servidores, vejo que eles se sentem valorizados. Isso é bom, porque produzimos melhor”, avalia Oliveira.
Para o presidente do Legislativo, deputado Soldado Sampaio (Republicanos), manter o diálogo com as categorias é valorizar aqueles que são responsáveis pelo bom funcionamento da máquina pública.
“Os servidores são o coração do funcionalismo público. É por causa deles que as ações de todos os Poderes e instituições são possíveis. Por isso, reafirmamos nosso compromisso de continuar ouvindo as demandas de todas as categorias, dos diferentes setores, para que possamos sempre ter o servidor valorizado, atendendo com presteza a nossa população”, enfatizou Sampaio.
A valorização também é perceptível nas ações internas voltadas para os servidores, como palestras sobre saúde da mulher, saúde mental e momentos de integração no Plenário Deputada Noêmia Bastos Amazonas. Além disso, de acordo com o superintendente de Gestão de Pessoas, Claudemí Alves de Sousa, a Casa já está discutindo um novo Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) para os funcionários.
“Teve o aumento no início do ano, temos feito todas as progressões e existe um PCCR apresentado pelos servidores que está sendo analisado. Existe uma comissão trabalhando nisso, com a participação de todas as superintendências. Acredito que no início de 2024 deve entrar em pauta para ser discutido e, em breve, os servidores terão mais essa valorização”, enfatizou Claudemí.
A Casa Legislativa também discute, com sindicatos e servidores, o PCCR do Departamento Estadual de Trânsito de Roraima (Detran-RR), da Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Femarh) e da Polícia Penal.
Equiparação
Neste ano, algo inédito também aconteceu. A Assembleia Legislativa se reuniu com o Executivo e o Judiciário para definirem um reajuste salarial anual – previsto na Constituição – para os servidores dos Três Poderes de maneira igualitária. No passado, as instituições tinham reajustes diferentes, o que foi corrigido neste ano. Em 2023, todos receberam aumento de 5,79%, com base na inflação do ano anterior.
A harmonia entre os Poderes é essencial para o desenvolvimento de políticas públicas em todas as áreas da cidadania, incluindo o funcionalismo público. Sem a integração entre eles, é impossível garantir leis que valorizem os servidores que compõem os quadros da Assembleia, do Governo e da Justiça. Por isso, os representantes dessas instituições mantêm debates que beneficiam diretamente os servidores e, consequentemente, a população.
Jádila Andressa tem 27 anos e fala que foi “conquistada” pelo serviço público. Formada em economia pela Universidade Federal de Roraima (UFRR), começou como comissionada e hoje é servidora efetiva do governo estadual após passar no concurso para o cargo de analista de planejamento e orçamento. Atualmente, a jovem está à frente da Coordenadoria-Geral de Estudos Socioeconômicos, da Secretaria de Planejamento e Orçamento (Seplan), e se sente valorizada enquanto servidora.
“O trabalho que desenvolvemos diariamente é para ajudar a população. Todo o trabalho de formiguinha, coletando informações socioeconômicas do Estado, dos municípios, prestando assessoria de dados, verificando a taxa de crescimento de emprego formal, qual setor mais contribui com Roraima. Quando você percebe que o seu trabalho influencia numa política pública que melhora a vida das pessoas, isso nos engrandece como servidor”, fala Jádila.
Do mesmo sentimento compartilha a técnica judiciária Vanuza Matos. Ela lembra que a nota tirada no concurso a deixou sem esperanças de entrar para o quadro efetivo do Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR). Contudo, foi chamada e está na instituição há 13 anos. Começou em São Luiz, Sul do Estado, onde atendia à luz do farol da caminhonete devido à falta de luz na cidade.
“Amo ser servidora pública, acredito que nasci para isso. Embora o trabalho não tenha diminuído, evoluímos, por exemplo, com a digitalização, quase não lidamos com papel. Fico absolutamente encantada, principalmente com o trabalho da Justiça Itinerante e o Juizado da Violência Doméstica. Com o passar dos anos, essas unidades têm atingido mais e mais pessoas. Como ser humano, como servidora pública, sou grata por tudo isso”, concluiu Vanuza.
Josué Ferreira