Em xeque: ONGs ligadas a Marina Silva em discussão no Senado

Na presença da Ministra do Meio Ambiente, senador Dr. Hiran Gonçalves ressalta trabalho em prol dos indígenas de Roraima; esclarecimentos ocorreram durante reunião da CPI das ONGs nesta segunda-feira, no Senado. – Fotos: Ascom Parlamentar

Diante da presença da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, o senador da República por Roraima, Dr. Hiran Gonçalves (Progressistas), ressaltou os trabalhos em prol dos Povos Indígenas em Roraima, como a destinação de milhões em emendas parlamentares e envio de equipes médicas para atender aos Povos Originários.

Os debates abordaram temas como recursos federais para atendimento a indígenas, implantação de políticas públicas, demarcação de áreas de preservação e as ações das ONGs.

A ministra foi convocada na CPI das ONGs para esclarecer sobre os trabalhos à frente do Ministério, principalmente sobre a relação da Pasta com as Organizações Não Governamentais. Após apresentações, o senador Dr. Hiran elencou pontos que divergiram das falas de Ministra.

Na reunião, Dr. Hiran afirmou que atuação de ONGs e as constantes demarcações atrapalham quem almeja o crescimento de Roraima. “A senhora tem convicção, mas eu volto ao dizer: a senhora é utilizada por organizações internacionais para atrapalhar o desenvolvimento do nosso País”.

“Ficou claro que os recursos oriundos do exterior enviados para cá são utilizados na maior parte pelas Ongs em gastos com passagem, assessoramento e a grande maioria desses recursos, como se falou aqui, estranho que se gaste 80% com atividades administrativas”, falou Gonçalves.

A CPI das ONGs foi instalada no Senado em 14 de junho deste ano para investigar as ações das organizações que utilizam o nome da Amazônia para enriquecimento.

Polêmicas de nomes ligados a Marina Silva e o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM), uma das maiores ONGs ambientais do Brasil vieram à tona este ano. Estima-se que o IPAM recebeu R$ 25 milhões do Fundo Amazônia em 2021, para o Projeto de Assentamentos Sustentáveis.

“Queria dizer que há muita contradição sobre essa política ambiental. A relação das ONGs com Poder público é algo que precisa aperfeiçoar. Quero finalmente dizer que através desses três decretos assinados para ampliação de área, foram sinal de muita preocupação em Roraima”, disse o senador.

Em setembro deste ano, o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou decretos que autorizam a ampliação do Parque Nacional do Viruá, em Caracaraí, a criação da Unidade de Conservação e Floresta Nacional do Parima, em Amajari, e a ampliação da Estação Ecológica de Maracá, em Amajarí e Alto Alegre.

O senador destacou a necessidade de debates mais amplos sobre a demarcação de terras em Roraima, que tem 33 Reservas Indígenas, áreas de conservação, e conta com menos de 10% de seu território para produção agrícola e pecuária. Frisou ainda fomentar mais conversas sobre mineração em área indígena. “Espero que a senhora se comprometa a não criar mais áreas de proteção em Roraima. Nosso Estado é o que menos desmata no País”, disse ele.

“Já levei hospital, estou colocando recursos de R$ 30 milhões e sou o médico que mais operou índios em Roraima”, declarou Dr. Hiran Gonçalves.

 

 

Veja também

Topo