Com ambiente diversificado e voltado o fortalecimento econômico de Roraima, a 42ª Expoferr Show (Exposição-Feira agropecuária de Roraima) é, muito além do entretenimento e do lazer para o público, uma plataforma que reúne pessoas dispostas a estabelecer conexões para gerar negócios e estimular a interação entre diferentes atores do ecossistema de inovação, tecnologia e agronegócio.
Parte desse processo passa pelas apresentações de palestras técnicas, cursos e nas exposições das Vitrines Tecnológicas, proporcionando às instituições e startups um ambiente para testar tecnologias e fazer networking.
Na noite inaugural da Expoferr Show 2023, nesta terça-feira, 14, mais de 200 participantes participaram da palestra-show do economista-chefe da Farsul (Federação de Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul), Antônio da Luz.
Na Arena do Leilão, Antônio ministrou a palestra “Agronegócio brasileiro: uma potência econômica, social e ambiental”. Na palestra, o economista traz a contextualização e a importância socioeconômica do setor do Brasil para o mundo.
O secretário da Seadi (Secretaria da Agricultura, Desenvolvimento e Inovação), Márcio Grangeiro, explicou que Antônio discorre com muita maestria e aprimora mais os conhecimentos dos participantes, que têm uma noção real da magnitude e da importância do agronegócio para o Brasil e para o mundo.
“Nós aqui de Roraima estamos trabalhando nosso desenvolvimento colocado no agronegócio, que a curto prazo, sem dúvida alguma, é nossa máquina propulsora”, disse.
Além da exposição sobre o agronegócio brasileiro no panorama mundial, a programação terá mais palestras de empresas locais, cursos, capacitações e treinamentos, principalmente na área de tecnologia.
Da Luz é um dos economistas consultados pelo Banco Central para elaboração do Relatório Focus, com as expectativas de mercado para PIB (peso interno bruto), inflação, juros e câmbio. Ele também foi eleito em 2017 como Economista do Ano pelo Corecon-RS (Conselho Regional de Economia do Rio Grande do Sul).
Antônio relatou que percebeu em Roraima a união de entidades públicas, privadas e setores patronais em apoio mútuo para o fortalecimento do setor agroindustrial e da agricultura e pecuária em geral.
“Todos se apoiam e dão suporte entre si para que as coisas aconteçam sob a liderança do governo. Isso que vi aqui é muito importante. O agronegócio, cada vez que eu planto um hectare a mais, aumento a venda de fertilizantes, de máquinas agrícolas, de peças, o conserto de máquinas. A partir daí preciso de mais bancos para essa demanda, ou seja, a cada hectare gero mais renda, é uma cadeia de lucro e empregos, e isso fortalece o Estado, como estou vendo aqui em Roraima”, disse.
Ele ressaltou que o agronegócio é mais do que agricultura, mas a união entre campo e cidade. “Isso tem feito um Brasil que dá muito certo porque, afinal de contas, nós temos visto o País crescer e a produção crescerem diante de uma demanda muito significativa vindo lá de fora. O mundo está aumentando a demanda por comida e o Brasil já é o maior exportador líquido de alimentos do mundo”, frisou o economista.
O produtor rural Edson Ribeiro, do Amajari, avaliou a palestra como muito importante, porque, além da vivência do dia a dia da fazenda, é preciso estar atento às tendências agrícolas no Brasil e no mundo;
“Como Roraima está se desenvolvendo agora de alguns anos para cá e agora com um Governo que incentiva bastante o produtor, é muito importante acompanhar essas discussões. A gente não tem essa noção do valor que nós temos do agronegócio em relação ao mundo. A quantidade de pessoas que depende de nós para nós produzir o alimento e a ligação do campo é muito importante junto com a cidade. É bom para todo mundo, porque todos precisam se alimentar e nosso trabalho é justamente fabricando isso”, finalizou Ribeiro.
O evento
Ao todo, mais de 93 mil m² de infraestrutura já estão montadas no Dandãezinho, localizado no bairro Monte Cristo, zona rural de Boa Vista, onde é celebrada a Expoferr Show, um evento que possibilita a geração de negócios, empregos diretos e indiretos. É estimada uma média de 80 mil visitantes por dia.
O público poderá vivenciar praças diversidade gastronômica, ideias inovadoras, economia criativa, agricultura familiar, rota do agro, fazendinha, negócios internacionais, segurança jurídica, importação, pesca e aquicultura, vitrines tecnológicas, melhoramento genético, comercialização de veículos e produtos, entre outras possibilidades.