Exposição homenageia servidoras e parlamentares da Assembleia Legislativa

No total 48 mulheres, de vários setores, representam o Poder Legislativo na mostra Mulheres que Inspiram. – Fotos: Tiago Orihuela

O Espaço Maria Luíza Vieira Campos, da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), está com a Exposição “Mulheres que Inspiram”, em homenagem ao Dia Internacional da Mulher. A mostra, que está aberta para visitação até o dia 31, retrata a força e a determinação das mulheres que atuam no Parlamento.

No total, 48 servidoras do Parlamento foram escolhidas para representar o empoderamento das mulheres, nas fotos produzidas pelo fotógrafo Tiago Orihuela. O presidente da Assembleia Legislativa, Soldado Sampaio (PCdoB), disse que a homenagem é justa e ressaltou que grande parte dos servidores da instituição são mulheres.

“Parabenizo a todas as mulheres que trabalham nesta Casa, em especial as que foram escolhidas para fazer parte da exposição ‘Mulheres que Inspiram’. Rendo as minhas homenagens às sete mulheres deputadas, segunda maior bancada feminina do Legislativo no Brasil, e que sejam eleitas mais mulheres em outubro, afinal elas são a maioria do eleitorado roraimense. Mais da metade dos cargos neste Poder é ocupada por mulheres efetivas e em cargos comissionados, o que nos dá tranquilidade tanto no que diz respeito à competência quanto à valorização da mulher”, afirmou.

A servidora Vanessa Brito, da Diretoria de Relação Institucional, responsável pela mostra, explica qual é a finalidade do projeto. “A proposta é enaltecer as mulheres que trabalham na Assembleia Legislativa de Roraima. A exposição tem a participação de 48 mulheres, entre servidoras e deputadas. Cada foto tem uma frase elaborada pela participante”, destacou.

A visitação deve ser feita observando os protocolos sanitários contra a covid-19. Segundo Vanessa, a exposição também estará no site da instituição (al.rr.leg.br), como forma de contemplar as pessoas que não podem apreciar presencialmente.

A segunda-sargento da Casa Militar da Assembleia Legislativa de Roraima, Paula Narjara Montenegro de Moura, é uma das mulheres retratadas na mostra. Mãe, esposa, avó e funcionária pública com independência financeira. Com essas missões, ela assegura que é uma mulher empoderada.

“O meu sentimento é de satisfação por poder inspirar outras mulheres a se empoderar, a ter sua independência financeira. Estando numa profissão predominantemente masculina, inspiramos não somente mulheres, mas outros homens. E sempre digo para todas as pessoas que me perguntam sobre a profissão: acreditem, tudo é possível!”, garantiu.

Emocionada e com os olhos cheios de lágrimas, Narjara relembra a trajetória e assegura não ter dúvida de que a “mulher é uma perfeição”. A afirmação é baseada na própria história, nas batalhas que enfrentou para conquistar um lugar de destaque na vida familiar e profissional, para ser exemplo aos filhos.

“Somos seres superiores. Poderia estar numa situação melhor, mas sacrifiquei muita coisa. As mulheres, em geral, sacrificam muitos dos seus sonhos em nome dos filhos, do casamento. Mas agradeço muito a Deus por estar onde estou, por ser quem eu sou, por tudo que alcancei, lugares a que muitas pessoas da minha família não chegaram. O poder da mulher está na superação”, afirmou.

A história da assistente social Sayra Breves, 46 anos, casada, poderia render um livro com um roteiro em que os reveses da vida são superados por situações positivas, ações que habitam uma caminhada audaciosa rumo aos sonhos.

Lotada no Centro de Convivência da Juventude (CCJ) dos Programas Especiais, Sayra, que é natural do município de Uiramutã, tem também quatro especializações e é professora indígena de nível fundamental.

Acredita que o investimento na educação foi o vetor de mudança da vida, e que por isso garante ser uma mulher empoderada, que inspira o público feminino a romper com os paradigmas impostos por uma sociedade machista.

“A mulher que inspira é forte, determinada, busca e luta por seus direitos. Uma mulher deve lutar para enfrentar as barreiras da violência contra a mulher, e não apanhar calada. Ela precisa ser independente, conhecer seus direitos. Uma mulher atualizada sabe se posicionar, não vive acuada, é forte e bate de frente com os desafios. Sinto-me empoderada, forte, determinada e com coragem”, afirmou.

Marilena Freitas

 

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