Desde o período colonial, o Brasil se destaca pela fartura de minerais em seu subsolo. O país ficou marcado pela grande quantidade de ouro encontrado durante os séculos XVII e XVIII. E desde esta época, é visível que a mineração atrai muitos investimentos e contribui com o retorno financeiro ao país.
Na época, a extração de minérios foi responsável por parte da ocupação do território nacional, e principalmente pelo equilíbrio econômico e geração de empregos. E consequentemente, os olhos dos mercados estrangeiros, começaram a brilhar por conta dos solos brasileiros.
No século passado, a garimpagem era legalizada em Roraima, o que contribuiu para o processo migratório e o aumento populacional do Estado, essa época foi considerada um marco no desenvolvimento, o início da busca e a exploração por metais preciosos, o que deu origem ao chamado “milagre amarelo”.
Atualmente remanescentes, desses grupos de garimpeiros, continuam vivendo em Roraima, com suas famílias (filhos, netos, bisnetos). Alguns deste homens e mulheres testemunharam o esplendor e a decadência da atividade garimpeira.
Pensando em manter viva a memória desses trabalhadores da atividade minerária, os garimpeiros de todos os rincões deste Estado, foi apresentado o PL (235/2022) de autoria do deputado estadual George Melo (Podemos) que institui o dia (21 de julho), anualmente como o dia do garimpeiro em Roraima.
Para George Melo a data representa a preservação da memória dos trabalhadores da atividade minerária, que é tão importante para o Estado e mantém viva a valorização do garimpeiro e a sua contribuição à economia roraimense.
“O povo brasileiro tem uma dívida histórica com o povo garimpeiro, pela luta desses trabalhadores, então o dia 21 de julho é uma data importante para Roraima e para Brasil. Nós temos muito o que comemorar, não é à toa que temos um monumento em homenagem ao garimpeiro na praça do Centro Cívico, é um marco, representa a história desse povo valente e trabalhador. E nós vamos comemorar sim, pois essa classe sempre foi desrespeitada e massacrada. Essa é mais uma vitória em prol dos trabalhadores da atividade extrativista de Roraima”, explicou.
O projeto está tramitando na Assembleia Legislativa de Roraima (ALE).