Para adotar medidas menos invasivas para não prejudicar os recém-nascidos com problemas respiratórios, o HMI (Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth) realizou, nesta terça-feira, 8, uma qualificação com os profissionais que atuam na UTIN (Unidade de Terapia Intensiva Neonatal).
A UTIN recebe bebês prematuros com más condições respiratórias para que recebam cuidados especiais e possam ir para casa com saúde. Conforme a fisioterapeuta especialista em terapia intensiva neonatal e pediátrica, Manoella Dias, o curso deve otimizar o tempo e a assistência dos bebês dentro do Materno-Infantil.
“Hoje foi realizada uma capacitação sobre ventilação mecânica invasiva para todos os profissionais da maternidade. Nossa UTI Neonatal possui uma demanda muito alta de pacientes. Por isso precisamos sempre nos atualizar e capacitar para melhorar o cuidado e assistência ao prematuro”, afirmou.
O VPM (Ventilação Pulmonar Mecânica) é frequentemente usado em bebês prematuros que nascem com insuficiência respiratória. O suporte mais indicado é o ventilatório não invasivo, que é utilizado como primeira estratégia para restabelecer a oxigenação do bebê.
Já a opção invasiva, é ideal em situações de perda do nível de consciência, arritmias cardíacas, sinusite, fratura de ossos da face. Apesar de aumentar as capacidades pulmonares do prematuro, esse método pode refletir negativamente, como a redução no número de fibras musculares de resistência e obstrução de via aérea que pode levar a uma insuficiência respiratória.
“A ventilação mecânica na neonatologia está sendo muito abordada e nós procuramos alternativas para ventilar e assistir o paciente de maneira menos traumática, evitando danos provenientes da ventilação mecânica no aparelho cardiorrespiratório da criança. Isso vai favorecer que elas saiam da UTIN e possuam melhor qualidade de vida após a alta”, ressaltou a fisioterapeuta.
A fisioterapeuta da Ala da Orquídeas, Karine Blanco, ressaltou que a capacitação trará benefícios para melhor auxiliar os recém-nascidos que nascem na unidade.
“Esses cursos e palestras são muito importantes para manter os funcionários atualizados. Temos que ter o contato com todos os setores do hospital, porque às vezes os meus pacientes vão para a UTI ou para a Ala das Rosas, e temos que estar alinhadas para dar continuidade ao serviço”, disse.
Suyanne Sá