Abordando assuntos como “gordofobia” e “padrões de beleza das mídias sociais”, e trazendo informações esclarecedoras a respeito de transtornos alimentares, como buscar ajuda e muito mais, a cartilha “Educação Alimentar na Zona Oeste de Boa Vista: compreendendo e prevenindo transtornos alimentares na adolescência” já está disponível para o público.
O material é resultado do projeto de extensão do CBVZO (Campus Boa Vista Zona Oeste) “Educação Alimentar, Saúde e Consumo Consciente na Zona Oeste de Boa Vista”, coordenado pela professora do CBVZO Clarice Gonçalves Rodrigues Alves e executado pela estudante bolsista Bruna Manuelly de Souza Freitas, com a participação do aluno voluntário Eduardo Freitas Gonçalves.
Desenvolvido desde 2021, por meio do Pipex (Programa Institucional de Incentivo a Projeto de Extensão), do IFRR (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Roraima), o projeto foi criado com o objetivo de promover educação alimentar para a comunidade de Boa Vista, especialmente do entorno do Campus Boa Vista Zona Oeste, com realização de lives sobre alimentação saudável, segurança alimentar e consumo consciente, além da distribuição de alimentos e materiais de divulgação como folders, cartilhas e calendários com receitas, dados e informações nutricionais.
Em 2022, após o desenvolvimento de diversas pesquisas e a promoção de debates com profissionais da área de saúde e alimentação em eventos digitais do CBVZO, surgiu a ideia da elaboração da cartilha, com conteúdo direcionado principalmente para adolescentes.
Assim, a cartilha aborda temas atuais, desde transtornos alimentares como anorexia e bulimia, passando por informações sobre dietas e nutrição, até temas ainda polêmicos como “gordofobia” e “padrões de beleza” ditados pelas mídias sociais.
A coordenadora do projeto, professora Clarice Gonçalves, destaca a importância de aumentar as discussões e informações sobre a temática da alimentação, que é constantemente influenciada por padrões de beleza imposto não apenas pela publicidade, mas também pelas mídias sociais, por meio da divulgação de imagens que, muitas vezes, são fabricadas para vender sonhos inatingíveis para muitas pessoas.
“Esses padrões de beleza vêm sendo cada vez mais normalizados, influenciando de modo preocupante, sobretudo, o público mais jovem, o que pode se converter em distúrbios alimentares muito sérios, que comprometem não somente a saúde física, mas também a psicológica. Por isso, há necessidade constante de esclarecer, discutir e aprofundar esse assunto para a maior quantidade de pessoas possível”, ressaltou Clarice.
A estudante bolsista e coautora da cartilha, Bruna Manuelly, também considera necessário esse tipo de iniciativa voltada, principalmente, para pessoas na adolescência, que estão sempre conectadas às mídias sociais.
“Esse é um material que ajuda a identificar e prevenir algum tipo de distúrbio alimentar que possamos passar, pois é bem comum nessa fase da nossa vida, principalmente com meninas que estão mais ligadas com a questão da aparência e são muito cobradas pela sociedade também. Então, é uma cartilha que serve para todas as pessoas, pois traz informações muito importantes, que podem ajudar quem estiver passando por algum tipo de problema alimentar ou psicológico”, comentou a estudante.