O Campus Boa Vista do Instituto Federal de Roraima (CBV/IFRR) tem representação no programa nacional Power4Girls – Empower to Lead, que será realizado entre abril e setembro de 2023, e visa o empoderamento de meninas por meio de estratégias voltadas para o empreendedorismo, inovação, criatividade e liderança.
Sob a orientação da professora Deborah Deah Assis Carneiro, as alunas Maria de Lourdes do Nascimento de Moraes, Luiza Nelí Gomes Moura, ambas do curso Técnico em Eletrônica, Laura Aguiar Ramos Silva e Fernanda de Oliveira Barros, ambas do curso Técnico em Eletrotécnica, irão desenvolver o projeto ElectricGirls7, cuja proposta é melhorar a forma de aprendizagem de geografia por meio da criação de um mapa do mundo tátil, usando o sistema de escrita em braile para que os alunos consigam identificar os países e obtenham informações sobre eles, como nome, língua falada, quantidade de habitantes, dentre outros, através de um sistema eletrônico. “Para desenvolver o mapa mundi tátil nós vamos utilizar alguns recursos como a plataforma de prototipagem eletrônica de hardware livre Arduino. Além disso, desenvolveremos um aplicativo com sistema de áudio e o protótipo do produto por meio da modelagem 3D”, explicou Maria de Lourdes.
O produto poderá ser utilizado em várias áreas do conhecimento, como na matemática, auxiliando em resolução de problemas; na biologia, por meio da identificação de espécies e reinos; e nas artes, contextualizando informações sobre pinturas. “Esse produto atenderá às necessidades de alunos com deficiência visual, promovendo a acessibilidade e a aprendizagem significativa no contexto da geografia”, ressaltou Fernanda.
Assim como Fernanda, a aluna Luiza Nelí afirma que é preciso que as pessoas se preocupem em desenvolver soluções com vistas a auxiliar o processo de ensino e aprendizagem inclusivo. “O produto pode ser utilizado por pessoas com vários tipos de deficiências e também com transtornos do neurodesenvolvimento, como por exemplo o Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade, o TDAH. Então, nossa intenção é desenvolver um produto que possa incluir diferentes pessoas, de maneira prática e efetiva”, ressaltou Luiza.
A professora Deborah explica que a ideia central surgiu a partir de sua participação na Olimpíada Brasileira de Robótica, onde conheceu diversos projetos voltados à inclusão educacional. “Muitos produtos podem promover a inclusão e diante da quase inexistência de projetos inclusivos no âmbito dos cursos ofertados pelo CBV, acredito que como uma instituição tecnológica, que inclusive respeita o sistema de cotas, precisamos pensar em atender a todos, incluindo os alunos com necessidades educacionais específicas”, disse.
Power4Girls
Oitenta alunas do ensino médio da rede pública de ensino de todas as partes do Brasil foram selecionadas para participar do programa que é uma iniciativa da Embaixada e Consulados dos Estados Unidos no Brasil.
Durante o período do programa, divididas em equipes de quatro alunas, um professor-orientador e um mentor, as alunas vão participar de oficinas, palestras, webinars, atividades interativas online e se aprofundar nos temas de liderança, empoderamento e empreendedorismo feminino, por meio da criatividade e inovação, desenvolvimento e gestão de projetos.
O Power4Girls conta com a implementação do Instituto Gloria, que tem como foco o combate à violência de gênero, o apoio institucional do Conselho Nacional de Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (CONIF), e inclui também a parceria de várias outras instituições do setor privado, que acreditam no poder e apoiam o empoderamento de mulheres e meninas.
O encerramento do programa será em Brasília, onde as participantes terão a oportunidade de apresentar seus projetos, receber os certificados de participação e fazer um pitch final em uma feira de inovação. Os três melhores projetos serão premiados.
Para conhecer os projetos das alunas selecionadas, visite o site: https://br.usembassy.gov/pt/lista-dos-projetos-selecionados-para-o-programa-power4girls
