Juízes do TJRR participam de roda de conversa sobre violência contra mulheres, crianças e adolescentes

A ação foi realizada na Região Tabaio, no município de Alto Alegre. – Foto: Nucri

A juíza titular da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (CEVID), Suelen Alves e o juiz da 1ª Vara da Infância e da Juventude, Parima Dias Veras, do Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR), participaram, nessa terça-feira, 26, da roda de conversa: “A violência no contexto geral no dia a dia das mulheres, crianças e adolescentes indígenas em suas comunidades”.

O encontro foi promovido pela União de Mulheres Indígena da Amazônia Brasileira (Umiab), na comunidade indígena da Barata, região Tabaio, no município de Alto Alegre. Durante a palestra, a juíza explicou para os participantes os detalhes sobre a campanha Sinal Vermelho do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

“Foi criada uma lei no ano passado que instituiu a campanha Sinal Vermelho Contra a Violência Doméstica. Essa campanha incentiva mulheres vítimas de abusos, ameaças e agressões a pedir ajuda por meio de um X vermelho na palma da mão. Após ser identificado este pedido de ajuda, a mulher poderá ser encaminhada para os serviços de auxílio à vítima para apoio e providências necessárias, inclusive pedido de medida protetiva”.

A juíza apresentou ainda para a comunidade o ‘Violentômetro’, instrumento criado para medir os níveis dos comportamentos violentos e abusivos dos parceiros, maridos, namorados e filhos. “Se nós identificamos a violência quando ela ainda é mínima, quando ela ainda é fumaça e não fogo, nós podemos falar em acabar com a violência contra a mulher”.

O juiz da 1ª Vara da Infância e da Juventude, Parima Dias, explicou durante a roda de conversa, o que é violência doméstica, quais os tipos de violência e as principais leis de proteção às mulheres e crianças.

Ele pontuou ainda que durante as discussões também foram abordados temas que podem desencadear os problemas familiares.

“Foi acentuado na minha fala e nas participações espontâneas dos participantes, a problemática da gravidez na adolescência, e o alcoolismo com fato gerador de violência doméstica. Fizemos parceria para capacitar lideranças com a proposta de combater e prevenir violência doméstica contra crianças e adolescentes”, reforçou o magistrado.

Durante o evento, foi entregue a cartilha “Em briga de marido e mulher nós metemos a colher”, além de um material que explica o que fazer em casos de violência doméstica onde as mulheres tiverem um bem/objeto danificado e quiserem ser ressarcidas.

 

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