Laço Branco: campanha da Setrabes reforça engajamento de homens no combate à violência contra mulheres

Evento marcou o Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres. – Fotos: Stephanie Queiroz

Na quarta-feira, 6, o Governo de Roraima, por meio da CEPPM (Coordenação Estadual de Políticas Públicas para as Mulheres) da Setrabes (Secretaria do Trabalho e Bem-Estar Social), promoveu o 1º Fórum Estadual Homens Unidos pelo fim da violência contra Mulheres e Meninas.

O evento marcou o Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres e ocorreu no auditório do Palácio da Cultura Nenê Macaggi. Teve como objetivo conscientizar os homens sobre o papel que precisam desempenhar para colaborar com o fim da discriminação, misoginia e que assumam o compromisso de não cometer e nem permitir a violência contra as mulheres.

Na programação do fórum houve palestras sobre a influência da misoginia nos casos de Feminicídio, Lei Maria da Penha e outros mecanismos de proteção à mulher, além das consequências do descumprimento das medidas protetivas e o panorama da violência contra a mulher em Roraima.

A secretária Tânia Soares ressaltou que o Governo de Roraima vem executando ações de enfrentamento contra a violência doméstica, via coordenação de nossa Política Estadual de Mulheres, a qual tem como apoio principal os programas desenvolvidos pela Casa da Mulher Brasileira.

“O objetivo é sensibilizar, envolver e mobilizar os homens no engajamento pelo fim da violência contra a mulher a partir de diversas ações realizadas por diferentes setores da sociedade que se encontram engajados na luta pela promoção da equidade de gênero e superação das desigualdades entre homens e mulheres. É dever de todos os homens e da sociedade, contribuir para mudar essa cultura de violência, promovendo a igualdade, liberdade e respeito às mulheres e meninas”, disse.

A coordenadora da CEPPM, Graça Policarpo destacou que a ação faz parte da programação dos 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra as Mulheres.

“A campanha é mundial, e em Roraima realizamos todos os anos em parceria com a rede de proteção à mulher. E hoje foi uma concretização de vários encontros que tivemos para realização do fórum com a presença de mais de 150 homens, para discutirmos através de palestras e bate papo com os homens, uma forma de sensibilizar e orientar o que é violência e a importância de denunciar crimes, que a sociedade abrace essa causa, sobretudo os homens”, explicou.

O evento foi encerrado com a Caminhada pela Paz no centro da cidade, com faixas, bandeiras, balões e a caminhada do Laço branco, a fim de mobilizar a sociedade contra as formas de violência que atingem a mulher.

Campanha do Laço Branco tem história ligada à ação de grupo canadense

Historicamente, a referida data teve início a partir de um episódio de violência contra mulheres realizado no dia 6 de dezembro de 1989, quando um grupo de homens canadenses decidiu se organizar para declarar que existem homens que cometem violência contra a mulher, mas existem também aqueles que repudiam essa atitude. Eles elegeram o laço branco como símbolo e adotaram como lema: jamais cometer um ato violento contra as mulheres e não fechar os olhos frente a essa violência.

Lançaram, assim, a primeira Campanha do Laço Branco (White Ribbon Campaign): homens pelo fim da violência contra a mulher. No primeiro ano da campanha foram distribuídos cerca de 100 mil laços entre os homens canadenses, principalmente entre os dias 25 de novembro e 6 de dezembro, semana que concentrou um conjunto de ações e de manifestações públicas em favor dos direitos das mulheres e pelo fim da violência.

O dia 25 de novembro foi proclamado pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o Dia Internacional de Erradicação da Violência contra a Mulher.

Trabalhando junto a diversos órgãos das Nações Unidas, particularmente o Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher (UNIFEM) e em parceria com organizações de mulheres, a Campanha do Laço Branco hoje está presente em todos os continentes e em mais de 55 países, sendo apontada pela ONU como a maior iniciativa mundial voltada para o envolvimento dos homens com a temática da violência contra a mulher.

Ágata Lima

 

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