O prefeito Arthur Henrique sancionou, nesta última segunda-feira, 21, o Projeto de Lei (PL) n°2.349 que declara a Maior Paçoca do Mundo e a Damurida como patrimônios culturais e imateriais de Boa Vista. O ato foi publicado no Diário Oficial do Município, na edição desta quarta-feira, 23.
O PL, de autoria do vereador Bruno Perez (MDB), foi aprovado em primeiro turno, por unanimidade, na Câmara dos Vereadores, em votação ocorrida no último dia 9 de novembro.
Conforme a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), são definidos patrimônios imateriais, as práticas, representações, expressões, conhecimentos e técnicas que as comunidades, os grupos e, em alguns casos os indivíduos, reconhecem como parte integrante de seu patrimônio cultural.
“Para nós é uma verdadeira honra ter a ‘A Maior Paçoca do Mundo’ reconhecida, já que essa iguaria, assim como a Damurida, é a cara da nossa terra e se tornou a grande estrela do Boa Vista Junina, batendo recordes todos os anos. Essa lei vem para fortalecer, ainda mais, nossa identidade”, disse o prefeito Arthur Henrique.
A tradicional paçoca, iguaria símbolo da cultura roraimense, entrou para a história no Boa Vista Junina 2015, atingindo aproximadamente meia tonelada. Porém, em 2022 atingiu sua maior marca. Foram servidos uma tonelada e 131 quilos ao público do Maior Arraial da Amazônia.
A ‘Maior Paçoca do Mundo’ também tem grande representatividade econômica, visto que todo o recurso para a produção da iguaria é aplicado em ingredientes provenientes da terra, como a farinha d’água, do PA Nova Amazônia e as bananas, da região do Passarão.
Ranking da maior paçoca do mundo: 2015 – 500 Kg / 2016 – 775 kg / 2017 – 856 Kg / 2018 – 1.023 Kg / 2019 – 1.050 Kg / 2022 – 1.131 Kg
Damurida
Trata-se de um caldo de peixe tradicionalmente indígena, que em seu preparo leva o tucupi (caldo proveniente da mandioca), diversos tipos de pimenta, verduras e tempero simples, como o sal. Geralmente servida em panela de barro, a Damurida é considerada sagrada pelos povos indígenas.
Marcus Miranda
