Levantamento feito pelo Sebrae a partir de dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC), do IBGE, revela que mais da metade das empreendedoras brasileiras (51%) desempenham a posição de “chefe de domicílio”. É o maior nível em seis anos, resultado de um crescimento de 10 pontos percentuais no período. Em 2016, 41% das empreendedoras eram as principais responsáveis pelo sustento da casa.
Roraima também permanece na média nacional, com 51% de mulheres empreendedoras como arrimo das suas famílias, o que reflete o papel da mulher em destaque na sociedade, quebrando paradigmas de que os homens culturalmente devem ser os chefes do lar.
Estados como Acre, Amazonas e Tocantins superam a média nacional: 59%. A pesquisa cobre o período de 2016 a 2022 (até o terceiro trimestre) e aponta a importância das mulheres para o bem-estar da família.
Para Renata Malheiros, coordenadora nacional de Empreendedorismo Feminino do Sebrae Nacional, os dados indicam a potência das mulheres empreendedoras.
“Quando uma mulher empreende e é dona do seu dinheiro, ela tende a investir no bem-estar dos filhos e a comprar no seu próprio bairro, aquecendo a economia local. Todos saem ganhando. Por outro lado, as mulheres ainda enfrentam barreiras culturais externas ao empreendedorismo, como é o caso da sobrecarga de trabalhos domésticos e de cuidados com crianças e idosos. É importante pensar políticas públicas que desonerem a sobrecarga de trabalho da esfera doméstica das mulheres para que elas possam se dedicar com mais equilíbrio aos seus negócios”, pontua a coordenadora.