O Centro Humanitário de Apoio à Mulher (Chame) registrou neste ano 421 atendimentos pelo ZapChame, um canal de comunicação que auxilia qualquer pessoa que queira tirar dúvidas sobre o trabalho da instituição, bem como servir de suporte em casos de violência contra a mulher. O número (95) 98402-0502 funciona 24 horas, inclusive nos fins de semana e feriados.
O presidente da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), Soldado Sampaio (Republicanos), enfatiza que os programas sociais do Poder Legislativo ajudam na manutenção do que preconiza a Constituição Federal.
“O trabalho do Chame tem sido essencial no combate à violência de gênero. O Poder Legislativo tem atuado para combater a violência, seja física, psicológica, verbal ou patrimonial. Nossas equipes são preparadas para dar todo apoio às vítimas. Não somente elas são afetadas, mas toda a família e a sociedade”, disse.
Durante 2022, também foram registrados 94 atendimentos presenciais. “Acolhemos, damos o direcionamento e orientações jurídicas às vítimas de qualquer tipo de violência. E no ZapChame, as pessoas em geral, mas principalmente as mulheres, procuram saber onde encontrar ajuda”, explicou.
Conforme destacou, a divulgação das ações do Chame, por meio de palestras e panfletagens, tem um resultado muito positivo porque, além de alertar sobre os tipos de violência, gera conscientização. “Fizemos várias palestras em escolas para ajudar os jovens a identificar quais são os tipos de violência”.
O Centro tem equipes, tanto no interior quanto na capital, formadas por psicóloga, assistente social e advogada, prontas para dar todo o suporte a quem necessita de atendimento. Na sede do Chame, tem uma brinquedoteca com uma pessoa que cuida dos filhos das mulheres que buscam atendimento. A finalidade é acolher aqueles que estão em situação de vulnerabilidade, enquanto as vítimas são atendidas.
Luna Aguiar, advogada do Chame, ressaltou que em 2022 foram muitas as atividades externas com o intuito de levar mais informações relacionadas à violência doméstica, a fim de reduzir os altos índices que são registrados no Estado.
“Além das palestras nas escolas estaduais, teve uma que me chamou muito a atenção porque era voltada para 90 policiais militares do sexo masculino. Eles tiveram que estudar a Lei Maria da Penha e solicitaram o nosso apoio. Fomos muito bem recebidas. Achávamos que teríamos dificuldades, porque falar com homem sobre violência contra mulher é delicado”, detalhou.
De acordo com ela, a palestra foi muito produtiva e deu oportunidade aos militares de conhecerem as atualizações da legislação. Uma delas se refere à abrangência de transexuais, travestis e transgêneros que tenham identidade social com o sexo feminino. A Lei Maria da Penha as ampara, determinando que qualquer agressão contra elas no âmbito familiar constitui violência doméstica.
Os atendimentos presenciais do Centro ocorrem de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, na Avenida Santos Dumont, 1470, bairro Aparecida.
“O Chame não terá recesso, trabalhamos todos os dias, sem intervalo para almoço. E no planejamento para 2023, queremos divulgar ainda mais as nossas atribuições, além de focar nas datas alusivas, como o Dia Internacional da Mulher”, afirmou.
Marilena Freitas