Marcinho Belota oficializa MPRR sobre maus-tratos a animais dentro da PAMC

Deputado solicitou ao órgão que sejam adotadas as devidas providências para apurar os crimes. – Fotos: Ascom Parlamentar

O deputado estadual Marcinho Belota levou ao conhecimento do Ministério Público de Roraima (MPRR) a denúncia que recebeu de policiais penais sobre maus-tratos a animais dentro da Penitenciária Agrícola de Monte Cristo. O caso repercutiu nas redes sociais e na imprensa após o deputado levar o caso ao conhecimento da população.

Segundo a denúncia recebida, no dia 11 ou dia 12 de janeiro de 2024, dois presos a mando de um policial penal fizeram o recolhimento de 12 gatos que habitavam a unidade prisional e colocaram os animais dentro de uma lixeira com capacidade entre 56 a 100 litros. Os gatos ficaram presos ali de 9h30 até às 12h, quando os presos observaram que os animais estavam sufocando e morrendo com o calor. Mesmo após terem notificado a situação ao mesmo policial penal, eles receberam a ordem de não soltar os animais.

“Eu fui até a penitenciária, e os presos me contaram que estavam aflitos com a situação, já que os animais faziam parte do convívio deles ali dentro, e por conta própria, abriram o cesto para que os animais não morressem, mas dos 12 que foram colocados dentro da lixeira, 8 morreram e a maioria estava atordoada. O pior, ainda receberam a ordem do mesmo policial de enterrar os gatos em um determinado local da unidade prisional”, contou Belota.

Ao deputado, durante diligências na penitenciária, foi informado que os gatos foram colocados na lixeira para depois serem levados ao Centro de Zoonoses para castração. Belota entrou em contato com a Zoonoses e foi lhe dito que a informação não procedia.

Marcinho Belota solicitou ao Ministério Público que sejam adotadas as devidas providências para apurar os crimes apontados no artigo 32 da lei 9.605/1998, que fala sobre abusos, maus-tratos e ferimentos aos animais. Também foi protocolado um ofício à Secretaria de Justiça e Cidadania, que é responsável pela unidade prisional, pedindo explicações sobre o caso.

“Até hoje não recebi nenhuma resposta sobre esse crime, mas como tenho dito, a corda não vai arrebentar para o lado mais fraco, porque tenho depoimentos, tenho provas e constatei in loco o crime. Agora espero que os órgãos se pronunciem e que não seja mais um caso de impunidade”, finalizou.

Na quinta-feira, 18, alguns policiais penais se posicionaram contra o crime e chegaram a usar a camisa “Cadeia para Maus-Tratos” durante o turno de trabalho na penitenciária.

 

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