Mulher é presa com arma que seria levada para venda em área de garimpo

Ação da Polícia Civil prendeu a venezuelana G. B. R. L. por porte ilegal de arma de fogo. – Foto: Ascom/PCRR

Uma mulher foi presa em flagrante por agentes da PCRR (Polícia Civil de Roraima) lotados na DRE (Delegacia de Repressão à Entorpecentes) e no Denarc (Departamento de Narcóticos), ao longo desta segunda-feira, 3. Em poder dela foi apreendida uma pistola calibre 380, austríaca, que entrou em Roraima pela fronteira com a Venezuela.

De acordo com informações prestadas pela delegada titular da DRE, Francilene Lima Hoffmann de Vargas, a prisão da mulher é o desdobramento de uma investigação ocorrida no dia 1° de fevereiro deste ano, quando foi preso o venezuelano D. A. C. S., de 42 anos, conhecido como “El Pure”, Guaro” ou “El Viejo”.

O homem é apontado como líder de uma facção venezuelana e que estava articulando a instalação de uma organização criminosa, com forte influência entre criminosos venezuelanos e líderes de organizações criminosas que atuam em Roraima, sobretudo no tráfico de drogas.

As investigações apontam que El Pure atuava na região de Mucajaí e Alto Alegre, investindo o seu capital ilícito em atividades de exploração de discotecas, cabarés, danceterias, salões de dança, de bailes e atividades similares em Alto Alegre, Mucajaí, Boa Vista e no Estado do Amazonas, além da garimpagem ilegal exercida em Roraima.

Desde a prisão do venezuelano, os policiais da DRE investigavam o tráfico de drogas de drogas e de armas, exercidos por duas mulheres: G. B. R., de 24 anos e C. C. P., de 26 anos, que, segundo as investigações, têm ligação com El Pure.

Segundo a delegada, Francilene Hoffmann, as duas estavam sendo investigadas por suspeitas de introduzir armas e drogas em áreas de garimpo ilegais na Terra Indígena Yanomami.

As duas suspeitas foram abordadas as margens da RR-205, área rural de Alto Alegre, quando transitavam em um veículo Ford K, e pararam em um posto de combustível.

Durante a revista, os policiais localizaram duas balanças de precisão, que foram encaminhadas para perícia no ICPDA (Instituto de Identificação Perito Dimas Almeida), pois havia indícios de resquícios de drogas. Também foram apreendidos dois telefones celulares e uma pistola Glock G25, calibre 380, modelo Austríaco, que estava em poder da venezuelana G. B. R. L.

A venezuelana G. B. R. L. admitiu que a arma pertence a sua amiga de 26 anos, presente na abordagem e que iria comercializá-la por 50 gramas de ouro. Entretanto, como a arma estava escondida em seus seios, a mulher recebeu voz de prisão.

As duas mulheres foram encaminhadas à DRE e, em desfavor de G. B. R. L. foi lavrado um APF (Auto de Prisão em Flagrante) pelo crime de porte ilegal de arma de fogo de uso permitido, que é classificado como crime de mera conduta e de perigo abstrato, ou seja, não depende de resultado naturalístico.

Segundo a delegada, a prisão da suspeita foi fundamental para esclarecer detalhes da investigação, que terá continuidade e outros desdobramentos.

G. B. R. L. foi apresentada na manhã desta terça-feira, dia 04, na Audiência de Custódia. A amiga dela foi ouvida e liberada, vez que a arma não estava em sua posse. Entretanto, a delegada não descarta novas providências a serem tomadas posteriormente em desfavor da suspeita liberada.

 

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