Mulheres mostram protagonismo no campo, com referência em polos de produção

Diversos polos produtivos de sucesso na zona rural e indígena de Boa Vista são conquistas de lideranças femininas. – Fotos: Fernando Teixeira

As mulheres estão conquistando seu espaço a cada dia. E isso também inclui o agro, onde o protagonismo feminino tem se fortalecido, especialmente na agricultura familiar. Vários polos de produção na zona rural e nas comunidades indígenas de Boa Vista são resultados de trajetórias de sucesso representados pela crescente força feminina no setor.

É o caso da produtora Tânia Coelho Cabral. A agricultura é parte da sua criação, pois é filha de pecuaristas e desde cedo ela tem ampliado seus conhecimentos no setor. E hoje é um dos principais nomes em torno do polo da batata-doce, instituído em 2017 no P.A Nova Amazônia.

O polo recebe incentivos através do Plano de Desenvolvimento do Agronegócio (PMDA), da Prefeitura de Boa Vista e vem se desenvolvendo com altos índices de produtividade e inspirando muitas produtoras a seguir o cultivo.

“É uma alegria muito grande poder viver da agricultura. Quando saímos da cidade e decidimos vir para a zona rural, foi um desafio. Com o apoio da prefeitura, através dos insumos, maquinário e assistência técnica, começamos com muito trabalho a nossa lavoura. Me considero uma mulher vitoriosa e hoje muitas amigas se inspiram e querem produzir”, disse.

Nas 17 comunidades indígenas atendidas pelo município, o protagonismo das agricultoras começa também com representatividade nas lideranças. Um grande exemplo é a comunidade da Ilha, localizada há cerca de 60 km da nossa capital. A vice-tuxaua Ana Morais afirma que as mulheres indígenas já têm na sua essência a agricultura como seu meio de subsistência.

“Hoje as mulheres mostram a sua força, trabalham e buscam sua independência financeira. Nos vemos a agricultura como a principal saída para trazer o desenvolvimento para nossa comunidade. Estamos ampliando nossas lavouras com o projeto executados com o apoio do município e alcançando mais nossos objetivos”, explicou a líder indígena.

Na comunidade indígena Darôra, as conquistas femininas no campo servem de inspiração para quem ainda está dando os primeiros passos. Seguindo o legado da família que também produz na região, a jovem agricultora Maionara da Silva iniciou sua primeira lavoura em 2021. Com apoio técnico do município, a safra foi um sucesso e em 2022 segue prosperando.

“Foi um aprendizado muito grande. Estou ainda mais motivada com essa próxima safra. Os desafios foram muitos, mas eu sigo em frente e estou me preparando, estudando agronegócio, para um dia ensinar mais pessoas da minha comunidade”, disse.

Walquiria Domingues

 

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