No HGR: Comitiva Ministerial avalia atendimento a indígenas baleados em conflito na Terra Yanomami

Os dois indígenas da etnia Yanomami foram baleados por garimpeiros no último sábado, 29, na comunidade Uxiu. – Fotos: Brenda Lima

O Governo de Roraima recebeu nesta segunda-feira, 1º, a visita de comitiva ministerial do Governo Federal que veio ao Estado para verificar a prestação de assistência em saúde a indígenas da TIY (Terra Indígena Yanomami) e tomar uma série de medidas referente a conflitos na região.

No início da tarde, parte do grupo esteve presente no HGR (Hospital Geral de Roraima Rubens de Souza Bento), para visitar dois indígenas da etnia que foram baleados por garimpeiros no último sábado, 29, na comunidade Uxiu.

“Nós atendemos o pedido da ministra da Saúde, Nísia Trindade, para visitar os dois pacientes Yanomami que deram entrada no HGR, com ferimentos de arma de fogo. Os dois estão com quadro clínico estável e ambos passaram por cirurgia. Eles estão internados em UTI [Unidade de Terapia Intensiva] e estão bem”, destacou o governador do Estado, Antônio Denarium.

Além da ministra da Saúde, Nísia Trindade, a visita contou ainda com a presença do secretário Especial de Saúde Indígena (Sesai), Ricardo Weibe Tapeba.

A secretária adjunta da Sesau (Secretaria de Saúde), Adilma Rosa Lucena, ressaltou a relevância da visita da ministra Nísia.

“A visita da ministra é importante porque ela verifica o sistema como um todo, e a equipe técnica do MS vai ficar acompanhando essas ações aqui, para que possa dar o suporte não só aos indígenas, mas também para a questão migratória, por exemplo, que ainda gera um peso muito grande nas nossas unidades de saúde”, frisou.

Referência no atendimento

Desde o agravamento da crise humanitária que vem afetando os povos originários do Estado, o Governo de Roraima, por meio da Sesau, tem direcionado toda a sua atenção para a melhora na assistência em saúde de suas unidades.

O HGR e retaguarda do HC (Hospital das Clínicas Dr. Wilson Franco Rodrigues), por exemplo, são as principais referências no atendimento de pacientes indígenas que apresentam quadro clínico considerado grave, enquanto as patologias menos agressivas são encaminhadas para o PACS (Pronto Atendimento Cosme e Silva).

Além do caráter imediatista, a mudança no fluxo de atendimento das unidades da rede estadual de saúde também tem como proposta o fortalecimento da parceria entre o Governo e os DSEI’s (Distritos Sanitários Especiais Indígenas) do Estado.

“Essas visitas são boas justamente para mostrar que o Governo do Estado tem trabalhado, tem sido atuante e que, em nenhum momento, a Secretaria de Saúde e o Governo têm sido negligentes com a população indígena. Nós estamos aqui para prestar assistência em saúde da melhor forma possível”, pontuou a diretora geral do HGR, Patrícia Renovato.

Minervaldo Lopes

 

 

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