Número de famílias inadimplentes em Roraima cai pelo segundo mês consecutivo

Números de inadimplentes e endividados em Roraima está fora da média nacional. – Foto: Divulgação

O percentual de famílias que relataram ter contas em atraso reduziu em Roraima, 3,8% em relação a outubro e 17,4% na comparação com novembro de 2021. Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), apurada mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

O assessor econômico da Fecomércio/RR, Fábio Martinez, destaca que os números de inadimplentes e endividados em Roraima está fora da média nacional. “A situação econômica do Estado está melhor que a média nacional e isso reflete nos dados da pesquisa, propiciando um destaque maior em alguns indicadores. Por exemplo, o número de empregos formais vem aumentando e isso automaticamente faz reduzir o número de famílias com contras atrasadas”, avalia o economista.

O levantamento da CNC mostra também que o número de famílias roraimenses com endividamento se manteve estável em 83,6%, apresentando o mesmo percentual de outubro. “Vale destacar que as famílias endividadas são aquelas que possuem algum tipo de dívida mensal, como parcelas de carro, casa e outros. Já o consumidor inadimplente é aquele que tem contas abertas, ou seja, dívidas atrasadas”, acrescenta Fábio Martinez.

Em Roraima, as principais dividias das famílias são o cartão de crédito, carnês de lojas e crédito pessoal. Um fator que chamou a atenção foi a redução de dívidas com financiamento de casa, carro e cheque especial.

Nos demais Estados brasileiros, 30,3% das famílias têm alguma dívida em atraso, pois não conseguiram pagar dentro do vencimento. Em um ano, a inadimplência avançou 4,2 p.p., especialmente entre os mais pobres. Dos consumidores com até 10 salários de renda mensal, 34,1% atrasaram dívidas, a maior proporção da série histórica, iniciada em 2010.

A desaceleração da proporção de endividados é explicada pela evolução positiva do mercado de trabalho, pelas políticas de transferência de renda mais robustas e pela queda da inflação nos últimos meses. Conforme o presidente da CNC, José Roberto Tadros, esse conjunto de fatores resultou no aumento da renda disponível. “Mesmo com o cenário de melhoria do mercado de trabalho, os consumidores seguem cautelosos quanto à contratação de novas dívidas neste fim de ano, tanto pelo alto índice de endividamento e comprometimento da renda quanto pelos juros, que seguem altos”, aponta o presidente.

Iara Bednarczuk

 

 

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