Operação Bioma: DPMA realiza fiscalizações no interior para coibir crimes ambientais em Roraima

Mais de 15 propriedades rurais foram fiscalizadas somente neste mês de novembro no interior do Estado. – Fotos: Ascom/PCRR

Com a atribuição de ajudar no combate ao desmatamento e às queimadas, policiais da DPMA (Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente), inseridos na Operação Bioma da Amazônia, têm realizado fiscalizações em propriedades rurais no interior do Estado.

Nesta terça-feira, 21, três propriedades localizadas na vicinal do Tronco, vicinal 1 e vicinal 3, foram fiscalizadas pelos policiais em parceria com os fiscais da Femarh (Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos).

De acordo com a diretora do DPE (Departamento de Polícia Especializada), delegada Elivânia Aguiar, durante as fiscalizações às duas propriedades, os proprietários estavam legalizados e apresentaram aos agentes a autorização para o desmatamento controlado.

Conforme a delegada, mais de 15 propriedades foram fiscalizadas somente neste mês de novembro. Na região sul de Roraima, foram inspecionadas propriedades em cinco vicinais.

“A maioria das fazendas estavam legalizadas. Durante a ação, também foi feita a abordagem de um caminhão com madeira após uma denúncia que recebemos”, disse a delegada, completando ainda que nas ações deste mês foram lavrados quatro autos de infrações e registrados quatro boletins de ocorrências.

Operação Bioma da Amazônia

Desde quando foi deflagrada, em janeiro deste ano, a Operação Bioma da Amazônia vem combatendo o desmatamento, queimadas e outros ilícitos ambientais.

“A DPMA da Policia Civil tem buscando repreender ilícitos ambientais. O ponto focal da operação se concentra nos municípios de São João Da Baliza, São Luiz do Anauá, Rorainópolis e nas as vilas adjacentes”, explicou a delegada Elivania Aguiar.

Os altos indicativos de avanço do desmatamento, identificados pela Plataforma Mais Brasil, são o principal motivador das ações. Conforme a diretora do DPE, o avanço do desmatamento é detectado por satélite.

“Com as informações do satélite o policial civil identifica exatamente o local e nós realizamos a ficalização. Nossa delegacia hoje conta ainda com o auxílio de drones que nos dão a real visão da propriedade e de cada hectare desmatado”, detalhou Elivania.

Em sua explicação, Elivania conta ainda que a equipe da DPMA também tem atuado na fiscalização de transporte de madeira ilegal, de poluição de qualquer natureza e atendimento de denúncias, etc.

“Todas essas ações estão dentro da Operação Bioma da Amazônia que têm ações programadas até o final deste ano”, pontuou a delegada.

Crimes ambientais

A diretora do DPE, lembrou ainda que o desmatamento sem autorização do órgão ambiental é crime de acordo com lei 9605/1998 e a pena pode chegar de três meses a um ano, além da aplicação de multa.

Além disso, a Lei nº 11.284, de 2006, também prevê crime para quem desmatar, explorar economicamente ou degradar floresta, plantada ou nativa, em terras de domínio público ou devolutas, sem autorização do órgão competente, o que pode levar à pena de dois a quatro anos e multa.

“É emitida a multa administrativa pelos órgãos ambientais competentes no valor de R$ 5.000,00 por hectares ou fração de hectares e toda área desmatada é embargada”, concluiu a delegada.

 

 

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