Deflagrada em âmbito nacional, a Operação Shamar iniciou nesta semana em todo o país. Em Roraima, as forças de segurança atuarão em conjunto com a finalidade de combater mais intensamente os casos de violência contra as mulheres.
A PCRR (Polícia Civil de Roraima), por meio da DEAM (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), pretende concluir, até o fim o dia 15 de setembro, ao final da operação, 800 inquéritos policiais e, assim, buscar a responsabilização dos infratores, conforme destacou a destacou a delegada titular da DEAM, Verlânia Silva de Assis.
“Toda a equipe da DEAM vai se desdobrar no trabalho que tem como meta finalizar cerca de 800 inquéritos policiais que tramitam na Delegacia” afirmou.
Para isso, explicou a delegada, o foco será dar celeridade a todos os procedimentos investigativos.
“Vamos intensificar as investigações, promovendo mais realizações de diligências, dentre os quais o cumprimento de mandados de prisão, justamente para fornecer à vítima uma segurança maior”, detalhou Verlânia de Assis.
Operação Shamar
A Operação Shamar é uma palavra em hebraico que significa “cuidar, guardar, proteger, vigiar, zelar”. Foi desenvolvida pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública e coordenada pela Diretoria de Operações Integradas e de Inteligência, da Senasp (Secretaria Nacional de Segurança Pública) e conta com o apoio do Ministério das Mulheres e do Colégio de Coordenadores das Mulheres em Situação de Violência Doméstica e Familiar dos Tribunais de Justiça Estaduais.
Tem por objetivo combater a violência familiar doméstica e o feminicídio, por meio de atuação integrada entre as Forças de Segurança. A Operação Shamar está sendo executada em todas as unidades federativas do Brasil, no qual todos os municípios devem ser alcançados. Em Roraima, a ação está sendo coordenada pela Sesp (Secretaria de Segurança Pública), seguindo as diretrizes da Senasp.
De acordo com a delegada titular da DEAM, Verlânia de Assis, cada órgão da segurança pública vai atuar dentro de sua especialidade e somar forças em busca de promover segurança para as mulheres vítimas de violência.
“Essa é uma operação de Segurança Nacional que integra todas as forças de segurança do País, onde a Polícia Militar e a Polícia Civil vão intensificar as ações preventivas, ostensivas e repreensivas”, afirmou.
Participam com ações preventivas, ostensivas, educativas e repressivas as Polícias Civil, Militar, Penal, o Corpo de Bombeiros e demais instituições parceiras.
A delegada destacou ainda que a operação no Estado é um esforço do Governo de Roraima a fim de otimizar o empenho de recursos e aumentar a capacidade de resposta às demandas por segurança. Verlânia de Assis pediu o auxílio da sociedade para que o trabalho seja exitoso.
“A operação Shamar é intitulada assim, com S, por que na verdade é um pedido de socorro. É um salvamento para as mulheres. É necessário que nós tenhamos o engajamento de toda a sociedade no combate à violência contra mulher”, detalhou.
Canais de denúncia
A população pode contribuir com o trabalho das forças de Segurança. Em caso de suspeita ou violação dos direitos da mulher, procurar uma delegacia de Polícia especializada ou ligar para os telefones disponíveis pode salvar vidas.
A Central de Atendimentos à Mulher, do Ministério das Mulheres, por meio do 180 e 181, realiza escuta qualificada e de forma gratuita, 24 horas por dia, todos os dias da semana. As denúncias podem ser feitas ainda por meio do 190, da Polícia Militar, tanto pelas mulheres, vítimas da violência, quanto por testemunhas.
Jéssica Laurie