Nesta quinta-feira, 25, a Assembleia Legislativa do Estado (ALE-RR) promoverá uma sessão especial em homenagem aos 50 anos de criação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). A homenagem ocorrerá no Plenário Noêmia Bastos Amazonas, a partir das 9h, onde será entregue também a comenda Orgulho de Roraima aos dirigentes da instituição.
O autor da proposta é o deputado Gabriel Picanço (Republicanos), que declarou que o órgão de pesquisa é essencial para o crescimento do Estado, sendo que a agropecuária é um dos principais eixos econômicos de Roraima.
“A Embrapa tem contribuído significativamente com o setor produtivo local. Por isso, nesta sessão especial, teremos também uma palestra com os pesquisadores da instituição que informarão o que essa grande empresa faz pela sociedade roraimense e também por todo o Brasil”, argumentou o parlamentar.
A sessão especial e a entrega da comenda serão transmitidas ao vivo pela TV Assembleia (canal 57.3), Rádio Assembleia (98.3 FM) e pelas redes sociais do Legislativo estadual (@assembleiarr).
Sobre a instituição em Roraima
A Embrapa em Roraima foi criada em 13 de agosto de 1981. O principal objetivo do órgão é a produção e transferência de soluções tecnológicas para diversos desafios da agricultura, pecuária e uso da floresta, sempre aliando produtividade e benefícios econômicos às novas necessidades de sustentabilidade ambiental e social, seja para o uso comercial ou para a economia de subsistência do produtor.
A história da instituição se confunde com a do pesquisador Antônio Carlos Cordeiro. O servidor é paraense, mas há 43 anos chegou a Roraima para ser um dos integrantes do corpo técnico que formou o núcleo de pesquisa agropecuária do Estado, órgão que originou a Embrapa roraimense.
“No decorrer de todos esses anos, acompanhei toda a evolução da instituição. Já fui gestor da unidade e considero que a Embrapa tem papel primordial no sucesso da agricultura roraimense, pelo domínio do lavrado, além do crescimento da pecuária e das tecnologias que ajudaram os pequenos produtores”, disse o engenheiro agrônomo.
Para o chefe-geral da Embrapa Roraima, Edvan Chagas, a instituição tem função essencial para o desenvolvimento agropecuário. “A unidade roraimense completa 42 anos de atuação contínua na agropecuária. Nesse período, conseguimos tornar a nossa savana produtiva pois, há três décadas, só produzíamos farinha de mandioca e carne bovina. Hoje, temos várias culturas, a exemplo de grãos, frutas e hortaliças, o que proporciona o crescimento e recordes de produção devido à pesquisa e inovação”, frisou Chagas.
Já para Karine Batista, pesquisadora de solos, o trabalho contribui efetivamente para o desenvolvimento das culturas agrícolas plantadas em Roraima. “O laboratório de solo da Embrapa é o único no Estado que presta auxílio diretamente ao produtor rural. Esse trabalho é relevante porque as nossas análises do solo norteiam os técnicos agrícolas sobre a correta quantidade de adubação, seja para banana, soja, milho ou qualquer outro cultivo”, explicou a pesquisadora.
Entretanto, o campo de ação da Embrapa não se resume somente à agricultura. Sandro Loris, pesquisador da instituição na área de aquicultura e pesca, ressaltou que uma nova tecnologia está sendo adaptada para os pequenos produtores de peixe do Estado.
“No Nordeste, foi desenvolvida uma tecnologia social com a tilápia. Aqui, estamos fazendo testes para adaptar esse sistema às espécies nativas da Amazônia, a exemplo de tambaqui e matrinxã. O principal objetivo é garantir comida na mesa dos pequenos produtores, mas há a possibilidade do excedente ser comercializado ou trocado com um vizinho próximo”, afirmou o pesquisador, ao ressaltar o fim social e econômico do projeto.
Anderson Caldas