Parque de Exposições Dandãezinho atende a produtores de Roraima

Parque de Exposições Dandãezinho é uma referência importante em Roraima segmentando acolhida e saída da produtividade local. – Fotos: Ascom/Seadi

O Parque de Exposições Dandãezinho, localizado no Monte Cristo, zona rural de Boa Vista, recebe nesta quinta-feira, 1º, um lote de 100 cabeças de touros da raça Nelore. O rebanho foi adquirido via leilão digital por produtores em Roraima, com o objetivo de fomentar o melhoramento genético no Estado.

“Os animais são excelentes reprodutores e foram arrematados no tradicional Leilão Elite de Pasto. Chegando em Roraima, estes touros vão possibilitar a adaptação genética nas condições da pecuária, fomentando a qualidade da carne bovina e mais economia para o Estado”, destacou o produtor Renato Primo.

Exótico, o gado nelore é de origem indiana e consta como uma das primeiras raças que veio ao Brasil, sendo facilmente encontrado em todo o território nacional. A pelagem desses animais pode variar do branco ao cinza, com pintas brancas e pretas ou brancas e vermelhas.

Desde de 2013, a Fazenda Novo Mundo iniciou a venda de animais de criatório próprio para Roraima, onde já foram comercializados 784 reprodutores e matrizes. “Na 67ª edição do Leilão, Roraima arrematou 104 touros e nove novilhas para 33 criadores do Estado”, ressaltou Renato.

O recebimento e a comercialização de animais no Parque de Exposições Dandãezinho integram o processo de revitalização do complexo, onde o Governo de Roraima, por meio da Seadi (Secretaria de Agricultura, Desenvolvimento e Inovação), favorece a movimentação frequente de produtores e do público no local.

“O processo de revitalização do Parque é um incentivo para os produtores conquistarem este espaço estratégico em Roraima, promovendo atividades periódicas de serviços, também de lazer, diversão, cultura e esportes”, explicou Emerson Baú, titular da Seadi.

Para o governador Antonio Denarium, o Parque de Exposições Dandãezinho é uma referência importante em Roraima segmentando acolhida e saída da produtividade local. “Com a revitalização do complexo, temos mais um ponto de visitação em nosso Estado, com muitas opções, incluindo atividades econômicas como a comercialização de animais de raça pura e leilões, todas sendo programadas anualmente”, concluiu.

Rebanho

Ocupando uma baia no Parque de Exposições Dadãenzinho, o produtor rural Eduardo Ferreira está comercializando um rebanho de carneiros das raças Santa Inês e Dorper. “Esses carneiros vieram de Pernambuco e ao todo são 22 reprodutores e 60 matrizes. É interessante porque o Governo tem incentivado a produção aqui mesmo em Roraima e dá suporte para a gente que trabalha utilizar as dependências do Parque. Isso é muito importante para quem produz”, frisou.

Equoterapia

No Dandãezinho também funciona o Centro Estadual de Equoterapia Thiago Vidal de Magalhães Pinheiro, que trabalha a abordagem interdisciplinar nas áreas de saúde, educação e equitação utilizando cavalos como método terapêutico, buscando o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas com deficiência.

Os praticantes são atendidos de forma gratuita, das 7h30 às 11h45 e das 13h30 às 18h. “A unidade foi inaugurada em 2003 e desde então nunca havia sido revitalizada de forma tão significativa. Estamos em um momento em que a acessibilidade se destaca com rampas de acesso ao picadeiro, readequação do piquete facilitando o deslocamento dos animais, piso tátil e barras de apoio”, detalhou a gestora do centro, Aline Reis.

Policiamento

Ainda no local, a Cavalaria da Polícia Militar reforça a segurança e a manutenção do complexo. “O policiamento no Parque de Exposições é muito importante para coibir atos ilegais. Com isso, o trabalho desenvolvido pelo Governo de Roraima ainda tem oportunizado melhoramentos e ampliações na infraestrutura do complexo, possibilitando mais acesso e fluidez dos serviços”, explicou o major da PM, Gerson Luis.

Bovinocultura

A pecuária é uma atividade econômica tradicional em Roraima, com grande potencial de expansão para rebanhos. Em 2019, o setor registrou saldo positivo quanto ao número de população bovina e de animais guiados para abate.

Segundo dados divulgados pela Aderr (Agência de Defesa Agropecuária de Roraima), o número de cabeças de gado no Estado saltou de 817.198 mil, em 2018, para 879.543, em 2019. Com destaque para os municípios de Mucajaí (131.429), Amajari (107.014) e Alto Alegre (88.127) com os maiores números locais de cabeças de gado. As raças predominantes nos rebanhos bovinos são nelore, gir e guzerá, por serem mais resistentes e adaptadas para a produção de carne.

Na produção de leite, a raça utilizada é a girolanda (misto de gir com holandês – preto e branco) e segundo o dado mais recente do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no ano de 2018, o plantel de Roraima alcançou uma produção de 12.580 mil litros de leite, o que evidencia uma leve retração com relação ao ano anterior, que foi de 12.721 mil litros de leite.

Os números expressam que há condições favoráveis para que a produção local volte a crescer, considerando ainda que mercados próximos, como o do Amazonas, não possuem produção suficiente que atendam à demanda interna.

Michel Sales

 

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