Tiveram início, neste mês, 15 projetos de extensão do Campus Boa Vista (CBV) aprovados no Programa Institucional de Bolsas Acadêmicas de Extensão do Instituto Federal de Roraima (Pbaex 2022). Eles abrangem as áreas da educação, esporte, saúde, cultura e lazer.
Todos os projetos contam com a participação ativa de servidores e estudantes extensionistas. Os objetivos são diversos, mas têm como foco a responsabilidade social de promover o bem-estar dos beneficiados, independentemente de idade, religião, sexo, origem étnica, orientação sexual, entre outros fatores.
Para a diretora de Extensão do CBV, professora Marilda Vinhote Bentes, o desenvolvimento de projetos de extensão beneficia tanto os alunos extensionistas como professores e a comunidade. “Para o CBV, é uma honra atender os diversos públicos, pois isso se coaduna com a missão do IFRR, uma vez que nossos estudantes são envolvidos em uma formação humana integral, em que utilizam os conhecimentos construídos ao longo de seus estudos em benefício da sociedade. Essa atuação ocorre via ações processuais de caráter educativo, social, cultural, científico e tecnológico, as quais articulam o ensino e a pesquisa de forma indissociável, promovendo benefícios capazes de transformar o ambiente à volta deles, colaborando, assim, para a melhoria da qualidade de vida das pessoas atendidas e, ao mesmo tempo, para a evolução profissional dos alunos”, disse.
As inscrições estão ocorrendo de forma presencial, na Diretoria de Extensão (Direx) do CBV, localizado na Av. Glaycon de Paiva, 2496, Pricumã, ou pela página institucional da Direx, no endereço https://boavista.ifrr.edu.br/extensao/cursos.
Na página de inscrição os interessados podem encontrar todas as informações relativas aos projetos, como número de vagas, público-alvo, faixa etária, dias e horários das atividades, entre outras.
Segundo a professora de Língua Portuguesa Gracilene Felix Medeiros, orientadora do projeto “Práticas de leitura e escrita para o mundo do trabalho”, as ações de extensão têm um caráter essencial para a formação cidadã tanto da comunidade interna quanto da externa. “Nessa perspectiva em que apresentamos o projeto sobre as práticas de leitura e escrita para o mundo do trabalho, buscamos proporcionar à sociedade um curso que contempla uma área que, em alguns casos, não é aprofundada durante os anos escolares, e isso acaba comprometendo o desempenho do cidadão no mercado de trabalho e na vida como um todo. Logo, percebo que as ações extensionistas nos permitem prestar à sociedade um retorno das muitas pesquisas e estudos que são desenvolvidos dentro da nossa instituição”, disse.
A professora Alexandra Marçulo orienta dois projetos de extensão intitulados “Engajamento na Carreira – possibilidades de desenvolvimento pessoal e profissional para universitários e recém-formados” e “Plano de Acolhimento Psicossocial ao Estudante e Famílias (Papef)”. Ela explica como os projetos podem impactar as comunidades beneficiadas.
“O primeiro projeto constitui-se em uma intervenção no âmbito da Orientação Profissional e de Carreira no contexto do Instituto Federal de Roraima, extensivo à comunidade, que visa contribuir para a compreensão da disposição comportamental dos indivíduos em fase final de formação, bem como para inserção no mercado de trabalho. Além disso, visa incentivá-los a identificar e visualizar seus papéis e contextos de vida, além de analisar em que medida suas ações diante de sua formação implicam o desenvolvimento de suas carreiras. A inserção dessa prática no contexto das instituições de ensino superior pode repercutir em consequências positivas para o incentivo à ampliação do engajamento na carreira dos universitários em fase de transição para o mercado laboral. Já no segundo projeto, penso ser necessário que num ambiente público haja espaço para promoção de iniciativas com a proposta do Papef. Iniciativas como essa promovem uma interação com a estrutura institucional de forma humanizada e dizem, de forma direta, que o aluno e familiares devem ter o seu lugar de fala e escuta sensível aos aspectos subjetivos de sua existência. Sobre a atenção dada a esse projeto, há uma promoção de coerência pedagógica e institucional da formação de todos os discentes e aproximação dos familiares. É possível pensar que, se uma instituição macro consegue fazer uma conexão sobre as questões e demandas de escala micro, é possível enxergar o favorecimento e evolução de saúde para todas as instâncias – o instituto, os docentes, os técnicos, os discentes e os familiares. Logo, é uma ferramenta que tem como potencial melhorar a qualidade das relações intra e interpessoais de todos”, explicou Alexandra.
De acordo com a aluna do 1.º módulo do curso Técnico Subsequente em Eletrotécnica Daniela Maurício Silva da Costa, a prática extensionista contribui para a integração da teoria à prática. “Os projetos de extensão representam a possibilidade para que os acadêmicos possam aplicar na prática os conceitos adquiridos em sala de aula. Além disso, contribui para o network dos participantes dos projetos, ou seja, constitui-se em um diferencial para o currículo profissional e para a aquisição de experiência com foco no mercado de trabalho”, afirmou.
Assim como Daniela, a aluna do 3.º módulo do curso de Tecnologia em Gestão Hospitalar Dannielly Soares Barbosa acredita que o exercício da extensão contribui para a formação profissional do estudante. “Eu acredito que é muito importante no que diz respeito à inserção do aluno no mercado de trabalho, tanto para a sua atuação profissional como pessoal, ao saber lidar com diversos tipos culturais, sociais e diferentes ambientes daqueles a que estamos acostumados, aprendendo a agir de forma coerente e se desenvolver intelectualmente. Me sinto feliz em participar do projeto, pois sei que irá ajudar alunos e seus familiares a terem uma maior inteligência emocional, pois existem momentos em que nos sentimos meio perdidos, sem confiança se iremos conseguir um bom emprego e se estamos agindo de acordo com o que esperam de nós. Outro fator importante é que a experiência nos permite uma visão diferente acerca das vivências de mundo. Atuar nesses projetos nos ensina na prática e nos dá mais autoconfiança para elaborar nossos próprios objetivos”, comentou.
Conheça os projetos desenvolvidos pelas equipes extensionistas do CBV:
1. Oficina de Robótica utilizando a linguagem Python para alunos do 9.° ano do ensino fundamental ao 2.° ano do ensino médio;
2. Plano de Acolhimento Psicossocial ao Estudante e Famílias (Papef);
3. Educação ambiental e manejo de resíduos sólidos no Município de Boa Vista-Roraima;
4. Orientações sobre a redação no Enem;
5. Monitoria e reforço de matemática;
6. IFcine – múltiplos diálogos pelas trilhas do aprendizado;
7. Programa de exercícios multimodais para o desenvolvimento neuropsicomotor de crianças;
8. Treinamento de iniciação desportiva de handebol;
9. VII Campeonato de Jogos Matemáticos;
10. Práticas de leitura e escrita para o mundo do trabalho;
11. Projeto de natação para jovens e adultos – Vem nadar;
12. Viva tênis de mesa;
13. Engajamento na carreira: possibilidades de desenvolvimento pessoal e profissional para universitários e recém-formados;
14. Karatê do Norte IFRR;
15. Marketing digital: disseminando e aprendendo.
Virginia Albuquerque