Nas primeiras horas desta segunda-feira, 4, agentes da PCRR (Polícia Civil de Roraima), lotados no NPCA (Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente), efetuaram a prisão preventiva do psicólogo J. N. S. C., de 65 anos, sob a acusação de estupro de vulnerável contra um menino de 12 anos, vizinho do suspeito. A prisão ocorreu em via pública, no bairro dos Estados.
As investigações tiveram início em setembro deste ano, quando um professor de uma escola militarizada estadual denunciou o crime ao NPCA. Inicialmente identificado como professor, posteriormente verificou-se que o acusado era, de fato, psicólogo e vizinho da vítima.
De acordo com informações prestadas pela delegada titular do NPCA, Jaira Farias, o acusado subornava a vítima com dinheiro para silenciar os atos de violência sexual. Além dos toques inadequados frequentes, o menino relatou relações sexuais em três ocasiões distintas. O laudo pericial, conduzido pelo Instituto de Medicina Legal (IML), confirmou a ocorrência da violência sexual.
Segundo a delegada relatou, desde que o crime foi noticiado na Polícia Civil, o acusado tem evitado prestar depoimento, o que levou à representação pela prisão preventiva dele, deferida pela Justiça. Ao ser qualificado e interrogado, o homem negou veementemente as acusações.
“A Polícia Civil instaurou o Inquérito Policial para esclarecer o crime em que foram ouvidas várias pessoas, dentre elas a vítima, acompanhada de familiares. Por várias vezes a Polícia Civil tentou ouvir o acusado, que sempre se escondia para não ser intimado. Desta forma, representamos por sua prisão preventiva, que foi deferida pela Justiça”, disse Jaira Farias.
A delegada ressaltou a gravidade do crime, classificado como hediondo, destacando a perplexidade diante da confiança que o infrator detinha na família da vítima, agravada pela sua profissão de psicólogo.
“Desta forma, alertamos as famílias sobre a necessidade de cuidados em relação aos filhos, crianças e adolescentes. A confiança nem sempre é justificada pela relação familiar, de amizade ou pela profissão desempenhada pela pessoa. Portanto, redobrem os cuidados básicos em relação aos filhos, para que possamos evitar crimes dessa natureza”, enfatizou a delegada.
Após ser preso, o mandado de prisão do investigado foi formalizado no NPCA e, em seguida, ele foi encaminhado à Custódia da Polícia Civil, devendo ser apresentado na Audiência de Custódia.