A PCRR (Polícia Civil de Roraima) restituiu nesta quarta-feira, 29, 40 telefones celulares roubados e apreendidos durante investigações ao longo deste ano. A ação foi coordenada pela equipe da SIOP (Seção de Investigação e Operação) do 4º DP (Distrito Policial).
As vítimas foram convocadas para receberem seus bens no auditório do 4º DP, e a ação foi acompanhada pelo delegado titular, Alberto Correia, e o diretor do DPJC (Departamento de Polícia Judiciária da Capital), Fernando Olegário, além da equipe de policiais entre agentes e escrivães.
A operação de restituição é parte de um esforço contínuo das equipes da Polícia Civil para devolver bens recuperados às vítimas de crimes contra o patrimônio. Em algumas investigações, ao descobrirem que tinham comprado telefones roubados, várias pessoas procuraram a Polícia Civil para devolver os aparelhos. Os policiais localizaram grande parte dos equipamentos em Boa Vista, também em Manaus e no Rio Grande do Sul.
O delegado titular do 4º DP, Alberto Correia, disse que a equipe de policiais há uns dois ou três anos, vem sendo bastante eficiente na localização e restituição às vítimas dos celulares furtados, roubados ou até mesmo perdidos.
“Então, isso é um trabalho de inteligência somado à parceria da comunidade, que colabora com a Polícia, uma vez identificado que os celulares foram produtos de crime, devolvem, entregam na delegacia. E a gente consegue fazer essa devolução graças a esses dois fatores”, disse.
Segundo o delegado, registrar a devolução dos telefones roubados às vítimas é importante para que a comunidade continue colaborando.
“Uma vez identificado que o celular que você está na posse tem um problema com a Polícia, o correto é entregar na delegacia. Você não vai ser responsabilizado por isso, porque sua boa-fé vai estar comprovada quando você entrega o celular. Então, se você o esconde, se você dificultar o trabalho da polícia, você vai responder sim, criminalmente pela receptação do produto”, esclarece o delegado.
O diretor do DPJC, Fernando Olegário, enalteceu o trabalho desenvolvido pela equipe do 4º DP e destacou que a Polícia Civil tem trabalhado diuturnamente para trazer esses benefícios para a população.
“A gente sabe que hoje o celular não é mais só uma ferramenta para você se comunicar, e sim uma ferramenta de trabalho, de estudo. Parabéns à Polícia Civil, espero que a equipe continue desenvolvendo esse trabalho. O delegado Alberto é um profissional atuante, que tem essa consciência de não estar indiciando as pessoas que têm boa-fé, até para poder incentivar a entrega desses aparelhos celulares”, destacou.
O agente de Polícia Reginaldo Lima, chefe da SIOP do 4º DP, enalteceu o trabalho em equipe e observou que muitas vítimas não tinham nem terminado de pagar a parcela dos telefones roubados.
“Foram 40 telefones recuperados. Em alguns casos contamos com o apoio dos Investigadores de Polícia do 2º DIP de Manaus, Daniellison de Sousa Pereira, Daniel Lima Silva e do delegado titular dessa unidade, George Gomes. Um trabalho que requereu muitas diligências, mas de bons resultados para a população”, disse o policial.
Vítimas reconhecem o trabalho policial
Mais de 30 pessoas participaram da reunião no 4º DP para terem seus telefones restituídos. Dentre as vítimas, a cuidadora de alunos J. E., de 42 anos.
“Quando eu fui roubada em janeiro deste ano, as pessoas falaram assim: ah, você não vai recuperar ele, porque já era, já era. E na minha cabeça estava assim, que não iriam recuperar ele. Mas, não. A Polícia Civil e a equipe do 4º DP estão de parabéns. Foi uma felicidade grande eu poder ter recebido esse retorno. Eu agradeço mesmo à Polícia, trabalharam muito, de dia e à noite, um trabalho de muito estudo. Então é muito gratificante, eu estou muito feliz. Valeu a pena confiar”, disse.
A estudante A. D. R. A., de 18 anos, foi roubada em uma festa. Mesmo sem acreditar muito, ela disse que decidiu confiar no trabalho da Polícia Civil.
“Eu fui roubada há quase dois meses e não esperava, não esperava mesmo. Mas aí ligaram para o meu pai, para a minha mãe, falaram que encontraram meu celular e eu fiquei muito feliz. Porque eu já estava querendo comprar outro celular, a gente estava tentando, não estava dando certo. O trabalho da Polícia Civil para mim é nota mil. Muito bom mesmo. Eu acreditei bastante, e eles mantiveram contato, sempre ali orientando, e eu sou muito grata por isso”, disse.
A autônoma M. M. L., de 56 anos, estava representando o neto que foi assaltado por criminosos ao descer de um ônibus, após sair da faculdade.
“Meu neto desceu do ônibus quando foi assaltado e graças a Deus não fizeram nada com ele. Depois de 15 dias, graças a Deus, a Polícia Civil conseguiu recuperar o celular, pois ainda estávamos pagando o aparelho. Foi um trabalho excelente”, comemorou.
Várias diligências estão em andamento no 4º DP para localizar e apreender telefones celulares furtados ou roubados. Outras vítimas estão sendo aguardadas para terem seus bens restituídos.