Pobreza menstrual: confira os pontos de coleta e participe do Trote Solidário da Estácio

A Estácio fez parceria com diversas instituições locais para receber as doações. – Foto: Ascom/Estácio

O Trote Solidário do Centro Universitário Estácio da Amazônia ainda está arrecadando doações de absorventes e recursos financeiros para garantir que meninas e mulheres que vivem em situação de vulnerabilidade financeira tenham acesso a produtos básicos de higiene menstrual.

A campanha está sendo realizada em parceria com o Instituto ELA (Instituto de Educadoras do Brasil), que revelou dos dados divulgados pela Unicef e UNFPA de 2021, e identificou que mais de 710 mil meninas vivem sem banheiro ou chuveiro em suas casas e mais de 4 milhões não têm acesso a itens mínimos de cuidados menstruais nas escolas, o que inclui absorventes íntimos, sabonetes e banheiros.

Para participar da campanha, a Estácio fez parceria com diversas instituições locais para receber as doações, dessa forma ampliando a arrecadação para além do campus. A população pode entregar produtos e doações em dinheiro tanto na Secretaria Acadêmica do Centro Universitário, no setor de Extensão, Biblioteca, setores que ficam no campus do bairro União, além das das sedes do IEL (Instituto Euvaldo Lodi), Sesi (Serviço Social da Indústria), Senai (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial), Fier (Federação da Indústria) e OAB/RR (Ordem dos Advogados de Roraima).

De acordo com a pró-reitora de Extensão da Estácio, Fabiana Rikils, todas as doações serão encaminhadas ao Instituto ELA que faz a distribuição dos produtos de três formas: entrega nas escolas da rede ensino pública, nos postos de saúde e diretamente às famílias que vivem em situação de pobreza.

Ela explica que a iniciativa tem como finalidade maior não só ajudar meninas e mulheres que enfrentam essas dificuldades, mas principalmente estimular a solidariedade e a empatia nos alunos e reforçar o papel importante de cada um como agente de mudança em suas comunidades.

Adote um ciclo

A pobreza menstrual é uma questão preocupante e real que afeta milhões de meninas e mulheres em todo o mundo, incluindo aquelas que vivem em comunidades carentes na região amazônica. A falta de acesso a produtos adequados para esse período pode levar a consequências que vão desde a interrupção dos estudos, o afastamento do trabalho e até a distúrbios da saúde física e mental.

A deficiência de absorventes e a incapacidade de comprá-los mensalmente tiram a autonomia e o bem-estar dessas mulheres, perpetuando o ciclo de pobreza e limitando as oportunidades de crescimento pessoal e profissional. Além disso, a falta de informação sobre higiene menstrual adequada pode aumentar o risco de tolerância e outras complicações de saúde.

Foi pensando nessa realidade que o Instituto ELA criou o projeto ‘Adote um Ciclo’ em parceria com instituições de ensino por todo o país. O Instituto é uma organização reconhecida por suas ações e projetos voltados para a promoção dos direitos femininos e a erradicação da pobreza menstrual.

Alexsandra Sampaio

 

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