Uma investigação realizada pela equipe da Polícia Civil em Pacaraima, ainda em andamento, apura o latrocínio do comerciante Djalma Alves Lobo, de 57 anos. Uma pessoa, apontada como principal suspeito do crime, teve seu mandado de prisão temporária cumprido nesta quarta-feira, 5, no bairro Pricumã, em Boa Vista.
A prisão foi realizada por agentes do 5º DP (Distrito Policial), que integram o GRI (Grupo de Resposta Imediata), com apoio das equipes das Delegacias de Alto Alegre e Pacaraima.
Foi preso o venezuelano J. A. C. T., de 30 anos.
O crime contra o comerciante ocorreu no dia 24 de novembro de 2021.
De acordo com informações prestadas pelo delegado Titular de Pacaraima, que preside as investigações, Jorge Wilton Nepomuceno, à época, o crime gerou enorme comoção social na cidade fronteiriça, motivando protestos de moradores e de comerciantes brasileiros contra cidadãos venezuelanos, inclusive com o deslocamento de um forte aparato de segurança para a região, para evitar um conflito.
Ele explica que no dia do crime, o comerciante estava prestes a fechar as portas de seu estabelecimento, quando apareceram dois indivíduos, de nacionalidade venezuelana, os quais já haviam estado no local momentos antes fazendo perguntas sobre os preços de bebidas. Logo em seguida, anunciaram o roubo, desferindo contra a vítima um golpe no peito.
Djalma chegou a ser socorrido, removido para o hospital em Boa Vista, mas não resistiu e veio a óbito.
Ouvidas testemunhas preliminares, após diligências na região de Pacaraima, o delegado representou pela prisão temporária dos suspeitos.
Segundo Jorge Wilton, J. A. C. T., possui envolvimento em vários crimes, como furto qualificado, e tráfico de drogas.
Ainda segundo Jorge Wilton, com apoio de policiais civis de Boa Vista, foi intensificada a busca pelo suspeito, posto haver indícios de que ele teria retornado da Venezuela, para onde havia se evadido após o crime.
O suspeito de participação no latrocínio, após realizados os procedimentos de praxe, será encaminhado à Audiência de Custódia para as providências cabíveis.
“Essa prisão é a resultado de um trabalho incansável para dar respostas à sociedade. E vamos continuar com as diligências até localizarmos os demais suspeitos de envolvimento na morte do comerciante”, afirmou o delegado.
“Solicitamos que, como na época do fato, a população ignore mensagens de aplicativos de mensagens sensacionalistas e irresponsavelmente divulgadas, que somente atrapalham as investigações. Trata-se de uma prisão temporária, com o objetivo de auxiliar às investigações, que continuam em andamento”, concluiu o delegado.