Prática terapêutica com ofurô ajuda na recuperação de bebês da Maternidade

Prática terapêutica com uso de ofurô tem feito a diferença na recuperação dos bebês internados na UCINCa – Fotos: Ascom/Sesau

Realizar atendimento humanizado sempre foi a principal prioridade na rotina de atividades do HMI (Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth). A busca por excelência se traduz principalmente na adoção de técnicas fisioterapêuticas que resultam em qualidade de vida tanto para as mães, quanto para os recém-nascidos.

No caso dos pequenos, a prática terapêutica com uso de ofurô tem feito a diferença na recuperação dos bebês internados na UCINCa (Unidade de Cuidados Intermediários Canguru). Esse tipo de serviço é oferecido desde 2017.

O ofurô terapêutico, ou hidroterapia neonatal, é uma técnica da fisioterapia aquática de relaxamento que remete o bebê ao ambiente uterino favorecendo a sua recuperação clínica e estabilização, auxiliando no aumento de peso e a um sono mais adequado.

“O ofurô é uma técnica relaxante, para que o bebê reviva a experiência que teve dentro útero materno, e assim se sinta seguro. O aconchego relaxa a musculatura. E para isso criamos um plano de tratamento para esses bebês”, explicou a fisioterapeuta da unidade neonatal, Márcia Helena Sartor.

Além de prematuros, a técnica também é aplicada em bebês que tenham alguma disfunção neurológica que resulta em processo de internação muito doloroso, como ruídos, luzes e procedimentos invasivos. Todas essas condições acabam por não propiciar um desenvolvimento neuronal apropriado para o paciente.

Tempo de duração

De acordo com Márcia, a prática terapêutica com ofurô pode ser feita diariamente por 10 minutos, sendo necessário um balde que não machuque o recém-nascido, com pelo menos 7 litros de água aquecida a 36º C.

Nesse procedimento, o bebê enrolado em um pano de postura flexora. Ele também precisa pesar acima de um quilo, não possuir acessos periféricos e estar clinicamente estável.

“A mãe também consegue ter participação no cuidado, aprendendo a fazer a terapia durante esse período de internação. Então ela fica mais confiante e aumenta o vínculo mãe e bebê”, salientou.

Sartor ressalta ainda o trabalho que a equipe de fisioterapia do HMI vem realizando diariamente com os bebês internados, e que a técnica do ofurô veio para somar na recuperação desses pacientes.

“É uma coisa muito gratificante oferecer o melhor cuidado e o melhor tratamento para essa população específica e delicada que são os esses bebês prematuros. Nós trabalhamos para devolver à sociedade um bebê que tenha a capacidade cognitiva, física e mental apropriada na vida adulta”, disse.

O pequeno Gabriel nasceu prematuramente no dia 8 de janeiro e desde então está aos cuidados dos profissionais da UTI Neonatal da Maternidade. A mãe dele, a estudante Anna Letícia Peixoto, conta como está sendo o processo de recuperação com a aplicação da técnica.

“Achei maravilhoso [a técnica do ofurô] pelo fato de que os casos de apneia podem parar e que pode fortalecer o pulmão dele. Mesmo depois de receber alta, eu pretendo fazer em casa, até eu ver que ele está bem melhor”, declarou.

Suyanne Sá

 

 

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