Procon Assembleia orienta consumidores em caso de falta de internet

Programa especial da Casa Legislativa recebe reclamações pelo site, Whatsapp e de forma presencial. – Fotos: Jader Souza

Na manhã desta quarta-feira, 17, os serviços de internet apresentaram instabilidade e deixaram boa parte da população de Roraima sem comunicação. Devido a isso, o Procon Assembleia alerta consumidores e lojistas sobre quais procedimentos devem ser feitos para minimizar os prejuízos.

De acordo com a diretora do Procon, Mileide Sobral, existe o direito de ressarcimento ao cliente em caso de interrupção da internet superior a meia hora. “Quando o serviço é interrompido por mais de 30 minutos, o consumidor deve ser compensado pelas operadoras com descontos proporcionais ao tempo em que ele ficou sem usá-lo”.

Sobral destaca que o ressarcimento não é feito automaticamente e deve ser solicitado às operadoras do serviço.

“Esse desconto, apesar do que trata a legislação, não é aplicado de maneira automática. O consumidor tem que entrar em contato com a prestadora e solicitar que seja aplicado o abatimento proporcional. Porém, caso não ocorra o ressarcimento, ele deverá procurar o Procon Assembleia para formalizar a demanda, para que então possamos mediar o conflito”, informou.

O Procon Assembleia funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, na Avenida Ataíde Teive, número 3510, bairro Buritis. Também é possível buscar atendimento pelo WhatsApp ([95] 98401- 9465) e site ale.rr.leg/procon.

Prejuízos à população

A queda de internet registrada na manhã desta quarta-feira afetou a rede móvel e os sistemas bancários e de pagamentos. Na fila de um banco em Boa Vista, a agricultora Maria Lúcia aguardava impaciente a volta do sistema. Moradora do km 55, zona Rural do Estado, ela saiu de casa cedo e três horas depois ainda não tinha conseguido atendimento.

“Eu moro no interior e cheguei aqui cedo, o banco ainda estava fechado. Às 10h, era para eu voltar [para casa]. Por causa dessa falta de internet, ainda estou aqui e não vai ter condições de chegar a tempo, porque a van já vai ter ido embora”, lamentou.

Frentista num posto de gasolina de Boa Vista, Hector Nogueira observa a movimentação diminuir quando o sinal cai, já que boa parte dos pagamentos precisa de internet.

“Cerca de 70% das formas de pagamento são feitas com cartão de crédito, débito ou Pix. A falta de internet prejudica as nossas vendas, pois muita gente não tem o costume de pagar à vista. Isso dificulta nosso trabalho porque diminui a quantidade de abastecimentos”, afirmou.

Anderson Caldas

 

 

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