O Programa de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR) encerra as atividades de 2023 com inúmeras realizações, como capacitação a profissionais de diversas instituições públicas e privadas, exposição fotográfica em locais que atingiu públicos de diferentes camadas sociais e faixas etárias, e encaminhamentos à rede de proteção.
O Educar é Prevenir foi um dos projetos que contemplou o maior público com palestras e capacitações realizadas em nove escolas estaduais da capital. No total, 360 profissionais e 3.300 alunos receberam informações sobre o que é o tráfico humano e como os operadores do crime agem para atrair as vítimas.
“Desde 2017, quando foi criado o projeto, a gente tem levado todas as informações, todas as nossas experiências aqui do Programa de Defesa dos Direitos Humanos para essas escolas, e, em todas as que a gente trabalha, geralmente têm relatos sobre tráfico de pessoas. Nem todos eles se tornam denúncias, mas a nossa equipe técnica faz os atendimentos”, destacou o coordenador do projeto Educar é Prevenir, Glauber Batista.
A diretora do Programa de Defesa dos Direitos Humanos, Socorro Santos, disse que 2023 foi um ano de retomada mais efetiva das atividades, levando-se em conta o período pandêmico, em que as ações foram reduzidas.
“Foi um ano muito importante para o programa porque fomos até as instituições para capacitar as pessoas dentro da escuta, para aprender a atender e escutar as vítimas da violência. Neste ano, trabalhamos a prevenção junto às instituições, principalmente, as internacionais, que é aonde a denúncia chega”, destacou Socorro.
Foram parceiras no combate ao tráfico de pessoas com instituições como a Polícia Rodoviária Federal (PRF), os conselhos tutelares, Ministério Público do Estado de Roraima (MPRR) e Polícia Federal (PF). “Essas parcerias ajudam a fortalecer nosso trabalho, porque a prevenção depende de articulação, mobilização, e essas instituições fazem o atendimento necessário à vítima, que precisam se sentir fortalecidas”, reforçou.
A policial rodoviária Verônica Cizs afirma com orgulho que a instituição que representa esteve em todas as escolas com a equipe do Educar é Prevenir, ajudando no desenvolvimento do projeto. A PRF, conforme detalhou, tem o Projeto Mapear, que identifica as principais regiões do Estado onde ocorrem casos de tráfico humano.
“Fazemos a parte repressiva, pegamos o crime quando aconteceu. Com o projeto Educar é Prevenir, a gente consegue alcançar os adolescentes, os funcionários de escolas de maneira geral, antes que o crime aconteça. É um prazer e um ganho muito grande fazer com que essas informações cheguem para servir de alerta para essas crianças e adolescentes”, afirmou, ao ressaltar que esse crime não está distante, e que é preciso que crianças, adolescentes e jovens não se iludam com as promessas de vida glamorosa vinda das redes sociais.
Marilena Freitas