O Iphan (Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) aprovou nesta quarta-feira, dia 15, o projeto arquitetônico de restauração da Casa da Cultura Madre Teresa Leotávia Zoller. A obra de restauro prevê o custo inicial de R$ 2.399.681,54 e vai ser realizada com recursos próprios do Governo do Estado.
O projeto contempla serviços de alvenaria e vedações, cobertura, execução de pisos, pintura, instalações hidráulicas, elétricas, sanitárias e pluviais, além de outros serviços que vão deixar o prédio com as características originais.
Para o secretário de infraestrutura e vice-governador, Edilson Damião, a aprovação é uma boa notícia para os escritores e artistas de Roraima, que esperavam há décadas pela valorização desse prédio histórico do nosso Estado.
“O projeto de restauro da Casa da Cultura já tinha sido apresentado aos escritores, poetas e jornalistas que integram a Academia Roraimense de Letras. Toda a comunidade da cultura aprovou. E agora recebemos com alegria a aprovação do projeto de restauro por parte do Iphan, o que nos dá o aval para continuar o trabalho e de fato começar as obras da Casa da Cultura. Após restaurado, será um lugar de arte, literatura e aonde a população de Roraima poderá ver um pouco da história do nosso Estado”, disse.
No último documento, que foi encaminhado ao Iphan no dia 22 de novembro do ano passado, considerou que a proposta de restauro apresentada pela Secretaria de Infraestrutura de Roraima cumpre todos os requisitos básicos enquanto documentação técnica necessária para suprir as demandas para intervir no bem de valor cultural, que é a Casa da Cultura.
O coordenador do projeto de restauro, Arquiteto e Urbanista Tonny Guarnielle, destaca um pouco do projeto que foi aprovado e dos planos de uso do espaço após a conclusão da obra, que contemplará toda sociedade.
“Em relação a aprovação, ela é extremamente minuciosa. Então, requereu muito esforço técnico da parte de engenheiros, arquitetos, analistas. Porque é extremamente criterioso o olhar do Iphan, em Brasília, para a liberação de restauro em obras em bens tombados ou em processo de tombamento. E o conjunto do prédio edificado, vai comportar para o uso um conjunto alimentício no jardim que também será restaurado, além da Academia Roraimense de Letras e um memorial permanente dos Povos da Bacia do Rio Branco”, explicou Guarnielle.
Casa da Cultura
Localizado na Avenida Jaime Brasil, no Centro da Capital, o prédio foi tombado pelo Governo do Estado e inscrito no Livro do Tombo Estadual em 1984.
A Casa da Cultura foi construída na década de 40 por Milton Miranda e vendida ao Governo do Território Federal do Rio Branco. Por muitas décadas, o prédio foi a residência oficial dos governadores do Estado. Após a construção e finalização do Palácio Senador Hélio Campos, a residência foi usada como sede de repartições públicas e outras atividades.
Geilso Pinho