Projeto Moro Morí: comunidade indígena Morcego recebe tanque para a produção de peixe

Em média, 800 famílias de 17 comunidades indígenas das regiões do baixo São Marcos e Murupu serão atendidas pelo projeto. – Fotos: Diane Sampaio

A Comunidade do Morcego, localizada na região do Murupu, é a mais nova beneficiada com a escavação de tanque para produção de peixe, através do projeto Moro Morí. A iniciativa da Prefeitura de Boa Vista, tem como objetivo trazer novas alternativas para a cadeia produtiva e melhorar a qualidade de vida dos povos indígenas.

As famílias atendidas pelo projeto ficarão responsáveis por conduzir o trabalho que beneficiará toda a comunidade. As Comunidades que já receberam os tanques são: Serra da Moça, Darôra, Vista Alegre, Campo Alegre, Ilha, Truaru da Cabeceira e o da Comunidade Morcego, que está sendo finalizado.

O tanque possui 20 X 150 m e deve receber cerca de 1.080 alevinos, além de 3.600 kg de ração para alimentação dos peixes. A assistência técnica, o acompanhamento do trabalho e todas as etapas de produção são feitas pela equipe da Secretaria Municipal de Agricultura e Assuntos Indígenas (SMAAI).

O titular da SMAAI, Guilherme Adjuto, explicou que com mais um tanque finalizado aumenta ainda mais a expectativa de bons resultados econômicos nas Comunidades.

“A primeira despesca, na Comunidade Serra da Moça, trouxe um resultado bem positivo. Foram 1,8 toneladas de peixes pesando entre 2,5 e 3 kg, o que mostra que o projeto tem sido destaque entre as ações realizadas pela prefeitura para beneficiar as famílias das Comunidades indígenas, seja com melhoria de renda ou reforço na alimentação”, destacou o secretário.

Moro Morí

A Prefeitura trabalha o projeto desde a escavação do tanque de engorda de 20 x 150 m em cada comunidade indígena atendida pelo município, até a despesca com fornecimento dos alevinos, equipamentos como rede de arrasto, balança, kit reagente e conjunto motor-bomba e ração.

Técnicas do manejo

As famílias responsáveis pelo gerenciamento do projeto em cada comunidade participam de curso voltado ao manejo da piscicultura, na parte teórica e prática, onde é abordado desde a preparação do tanque, os cuidados com a qualidade d’água e controle de doenças, como também da alimentação dos alevinos.

O trabalho da SMAAI segue gradativamente até atender as 17 comunidades. Neste mês já inicia a fase das capacitações para as famílias que ficarão responsáveis pelo gerenciamento do projeto.

Emanuele Pasqualotto

 

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